quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Resiliência no ambiente escolar


RESUMO: A resiliência no ambiente escolar aparece como procedimento novo e impreterível para que professores tenham êxito em sua atividade docente. No entanto, pode não passar de uma retórica falaciosa. A resiliência constitui, de fato, um elemento muito necessário para a lida docente, mas, requer que, ao seu lado, aconteçam muitas outras inovações, que vão desde salário mais digno até a elevação do patamar simbólico do magistério no quadro sócio-cultural.
PALAVRAS-CHAVE: Resiliência. Adversidade. Superação. Satisfação. Docência.
VERSÃO EM INGLÊS DO RESUMO:
KEY-WORDS:

Introdução

            Nestes tempos pouco lisonjeiros para os profissionais da área de educação, qualquer motivação que aponte perspectivas esperançosas é sempre bem vista. A noção de resiliência engloba uma rica e alentadora mediação para ajudar a lidar com as adversidades que ocorrem no ambiente escolar. Pretendemos mostrar que a resiliência é necessário traço da capacidade psíquica para a lida docente, mas que esta lida depende de outros fatores além da resiliência. Nosso ponto de vista é o de uma ponderação hermenêutica em torno das dificuldades na docência a fim de salientar que o baixo status simbólico da docência não depende apenas da capacidade de auto-superação de professores, mas, eminentemente, de fatores político-sociais.
            Já existe vasta produção de textos sobre o tema, sobretudo na Internet, mas, de forma geral, praticamente todos se referem às citações das mesmas fontes de dados. Qual poderia, então, constituir-se a razão peculiar para mais uma abordagem sobre o que uns escreveram e outros ratificaram?
Longe da panacéia em torno da “febre moralizante” de utilização do termo “resiliência”, como solução para todos os problemas do âmbito escolar, cremos que esta qualidade psico-social é básica para o alcance de um nível razoável de satisfação na ação docente, mas, que ainda não supre e nem dirime todas as imbricações de múltiplas dificuldades que os profissionais da educação vivenciam no seu cotidiano.

1. Alcance do termo “Resiliência”

            O termo “resiliência” ainda é de uso restrito e, certamente, ressoa como “palavrão alheio” aos ouvidos da linguagem cotidiana do ambiente escolar. Nem por isso seu significado se manifesta irrelevante nas lidas de professores com alunos. Se, por exemplo, no lugar do termo resiliência, falamos de capacidade criativa para resolver problemas, então, a conotação do significado de resiliência nos aponta um horizonte muito significativo. Com certeza, lidamos muito com interpelações de resiliência no ambiente escolar, sem a utilização do termo. A interpelação do seu significado pode, entretanto, despertar motivações ainda mais eficazes.
            No Brasil o termo “resiliência”, além de praticamente desconhecido na área da educação, quando usado, se refere somente a conceito da Física. Nesta área do conhecimento, significa a capacidade de um material receber tensão e recuperar o estado normal anterior. Por exemplo, as molas da suspensão de um carro ao receberem os impactos da irregularidade da pista do asfalto ou da estrada, voltam rapidamente ao estado normal anterior. Resiliência refere-se, por conseguinte, à capacidade de resistência a choques ou impactos.
            Entre seres humanos o processo de resiliência não apresenta a mesma conotação do que significa na Física, porquanto não consiste apenas em resistir, mas, em superar. É mais do que uma ação meramente reflexa, pois está ligada a um processo de construção de significados que, no indivíduo, não se processam de “dentro para fora”, mas, que dependem mais do ambiente afetivo do entorno, gerador de auto-estima e de auto-imagem positiva.
            Na Psicologia o significado de resiliência aponta para uma capacidade muito apreciada: a de sair fortalecido diante das adversidades. Mais do que voltar a um estado anterior, depois de sofrer impacto, tal como se entende na Física - resiliência significa a capacidade de lidar e de integrar situações ou fatos adversos. Envolve, portanto, processos que levam pessoas ou grupos a superar crises e grandes dificuldades, através da habilidade de uma rápida superação do que alterou o humor, a saúde, ou a segurança. Não constitui fenômeno parecido ao da uma barra de aço que, quando entortada, ao terminar a fonte deste impacto, volta ao seu estado linear anterior. O psiquismo humano, ao sofrer impactos, reage de formas bem distintas ao do aço. Uma dor, uma perda, uma crise, ao serem superadas, não costumam remeter de volta ao estado anterior, mas, bem ao contrário, podem remeter a outras vivências mais gratificantes e satisfatórias. Na linguagem de Erick Erickson, equivale a epigênese. A lida com impactos que pessoas ou fatos proporcionam ao invés da condução ao estágio anterior, dependendo da forma como este impacto é enfrentado, podem remeter a um salto de qualidade, em que aparecem outras motivações e capacidades para lidar com a vida. Podemos assim, assimilar resiliência com Carmen Scriptori: “A resiliência é a capacidade que os seres humanos têm de superar e sair fortalecidos quando submetidos aos efeitos de uma situação de extrema adversidade”.[2]
            O ambiente escolar será resiliente se os professores compreenderem a importância de trabalhar estratégias capazes de fortalecer a capacidade dos alunos lidarem com suas dificuldades, e que os professores encontrem vínculos para que também eles não incorram no isolamento, na discriminação e na violência. Por isso, ainda que não desfrutem plenamente de importantes características da resiliência, como elo de comunicação com outros, responsabilidade pela própria vida, consciência limpa, cultivo de valores capazes de transcender adversidades, capacidade de compaixão, compreensão e envolvimento com outras pessoas que sofrem, sentem-se também eles interpelados para esta importante capacidade.


2. Resiliência na Escola

            No âmbito escolar, nem professores e nem alunos estão imunes de se verem envolvidos em traumas, tragédias, ameaças, estresses, violências, rivalidades, formas de exclusão e até de perseguição. O que poderia, nestes casos, facilitar um processo dinâmico de superação das inconveniências da adversidade?
            Com a crescente ausência de laços afetivos familiares tende-se a relegar à escola a primordial tarefa de educação da afetividade. Mesmo que professores se sintam intensamente afetados por crescente frustração, manifestada através de desmotivação pessoal, elevados índices de absenteísmo, abandono e indisposição, são eles ainda induzidos a se depreciarem a si mesmos e a desconfiarem do real e efetivo resultado do seu trabalho. Nem por isso se diminui a importância da capacidade de resiliência, porque pode levá-los a criar estratégias capazes de promover um ambiente de aprendizagem, a fim de lidar com fatores estressantes e adversos.
            Independente do que os professores vivem como profissionais da educação, muitos alunos que chegam à escola não trazem do seu bloco familiar um suporte de orientação social positiva, nem experiência de coesão familiar, nem a percepção da presença expressiva dos seus pais em ambientes sociais e de serviços humanitários, e ainda sem suporte de socialização em Igreja ou outras organização coletiva. Então, o professor se torna ator central para fazer com que o cenário educacional vislumbre forças de resiliência. Seu suporte afetivo emocional pode fortalecer não somente a ação dialógica, mas também a capacidade colaborativa a fim de formar pessoas sociáveis e sociais.
 Na incumbência de formação de seres humanos através de conteúdos cognitivos e afetivos os professores agem para uma dupla demanda: o colégio e a sociedade. Nesta tarefa age de maneira muito expressiva a influência das emoções. Nem sempre elas são positivas:
No campo educacional brasileiro hoje, os professores, em sua grande maioria, são reféns de uma situação na qual não conseguem ser ouvidos como profissionais sérios e capazes. Porém, também os docentes costumam estar mais aptos a apontar os ‘nós’ do sistema do que enfrentá-los, mesmo porque, são vistos como meros executores de tarefas.[3]
            Ainda que nosso quadro cultural confira pouca valorização às emoções, porque supervaloriza a racionalidade, os sinais elementares da afetividade – alegria, prazer e amor – conseguem, todavia, criar quadros emocionais capazes de gerar bom relacionamento da satisfação da pessoa com outras pessoas. Facilitar tal desenvolvimento torna-se primordial para evitar a hegemonia da raiva, da tristeza e do medo nas relações humanas.
A capacidade de lidar com as adversidades não é uma capacidade inata, e, tampouco as grandes e intensas aflições se constituem necessariamente em fonte irreversível de bloqueio a outros estados emocionais. Ela depende, fundamentalmente, da forma positiva de avaliar a noção da adversidade e da articulação cognitiva e emocional para aceitá-la, tal como aconteceu, com o mínimo de disfuncionalidade e de seqüelas para o comportamento normal. A questão básica e intrigante é a de saber que fatores podem facilitar este processo positivo. Dependem, em primeiro lugar, da sociabilidade, pois, dela pode emergir importante suporte solidário, é dela que pode resultar um olhar realista sobre os fatos adversos; e, é dela que decorre tanto a confiança nas habilidades, quanto nas forças interiores para controlar os sentimentos intensos e integrá-los em nova solução.
            Por longo tempo resiliência foi pensada como questão restrita ao indivíduo. Atualmente tende-se a fazer recair sobre a família e o ambiente social a capacidade de fazer um indivíduo encontrar formas sadias de superar as adversidades.
            Assim como a Psicologia tradicional deu, por longo tempo, ênfase primordial aos aspectos psicopatológicos, o que a predispôs mais para apontar falhas, desajustes, desequilíbrios e predisposições para certas doenças psíquicas, a resiliência foi pensada como capacidade isolada do indivíduo para lidar com as adversidades. Sabe-se que o efeito de salientar os aspectos positivos da adaptação e a superação dos momentos difíceis, torna-se mais significativa do que os alertas aos potenciais estressantes e dos riscos que outras pessoas podem trazer para o equilíbrio emocional. Segundo Maria Yunes, a força da resiliência depende muito mais do ambiente social: o senso de pertença e a valorização das relações interpessoais ajudam a atribuir sentido menos grave à adversidade; o encorajamento facilita um olhar mais positivo; e, transcendência e a espiritualidade, através da fé, da comunhão nos rituais, da visualização de novas possibilidades, ensinam a crescer na adversidade e se constituem em forças mais influentes do que o agir isolado de um indivíduo. Os padrões da organização social podem estimular maior flexibilidade e capacidade de reformular e reorientar motivações; sinais de apoio e de colaboração facilitam a coesão e a reconciliação; a clareza e a consistência nas argumentações facilitam a comunicação; e, a capacidade empática e de tolerância aumentam o humor para interações mais prazerosas.[4]
         Ser resiliente não é ser invulnerável, não significa dizer que em outras circunstâncias o indivíduo não se abateria, pelo contrário, é ter capacidade de se reerguer depois de atingido, de adaptar-se positivamente ao que lhe foi imposto, extraindo experiência das situações difíceis, enriquecendo de maneira única a vivência do indivíduo ou da empresa e depois, utilizar este aprendizado para reverter a situação a seu favor.[5]
            De onde poderia advir esta importante capacidade emocional?

3. Resiliência e estrutura psicológica dos professores

Ninguém mais do que profissionais da educação devem estar munidos de muitas capacidades para lidar com incertezas e imprevistos que ocorrem dentro de uma sala de aulas. Recai sobre eles uma pesada cobrança tanto dos familiares dos alunos, quanto das organizações sociais que esperam destes alunos o mais elevado nível de resiliência. Como êxitos e fracassos se misturam nesta interação de professores e alunos, podem os professores exteriorizar sentimentos na lida com as dificuldades criadas pelos alunos, - mesmo parecendo funestos, - sem por isso impedir que eles cheguem a procedimentos novos e mais qualificados.
O que hoje é notório no modo de ser das crianças e alunos de escola, é que eles estão altamente estimulados pelo que é considerado lixo cultural, veiculado pelos meios de comunicação de massa e pela internet, e que apontam para poucas chances dos professores sobreviver na atividade docente com efetivas perspectivas de êxito para ajudar a formar cidadãos que, por sua vez, possam ser capazes de lidar de forma criativa com os múltiplos fatores que afetam sua saúde física, psíquica e social.
Bem sabemos que viver tempos prolongados em meio a situações adversas, eleva nos professores o risco de danos psíquicos e de convivência social. Disto decorre uma evidente necessidade de fortalecimento da capacidade de resiliência, porquanto no ambiente escolar eclodem muitos reflexos de desacertos familiares e efeitos da vida social que, por natureza, tendem a paralisar o crescimento da convivência e a possibilidade de aprender coisas novas, até mesmo para lidar com a própria existência. São conhecidos muitos aspectos trágicos do ambiente escolar.  Maria Gayotto descreve este quadro um tanto mórbido, salientando que:
O lado trágico da escola começa pela baixa auto-estima do professor em conseqüência de excessivos descréditos do seu papel e da desvalorização de sua função. Daí vem a sensação de impotência, completando o cenário das frustrações em que vivem professores e alunos: alunos que não conseguem aprender ao lado de professores que não conseguem ensinar; excesso de alunos em sala de aula, impedindo o reconhecimento de cada um por parte do professor, ou, pior ainda, o desconhecimento do nome do professor pelo aluno (alerta máximo de falência do sistema); indisciplina do aluno que inviabiliza qualquer aula, indisciplina que, por um lado, precisa receber claros limites, por parte do professor e da escola, mas que, por outro lado, deve ser interpretado como um sinal, um sintoma, expresso por alunos que estão trazendo à tona o desagrado, o desprazer, a rejeição do atual ‘aprender’ desenvolvido na sala de aula, onde muitas vezes o desrespeito se generalizou.[6]
Certamente o ambiente em sala de aula não se caracteriza por uma situação totalmente inusitada de bons tratos, longe dos percalços cotidianos da vida. Quando, porém, lembramos que muitas tragédias, guerras, enchentes, tsunamis, vulcões, terremotos, abalos psíquicos, crimes hediondos, abusos sexuais e tantas outras formas de agressividade vêm acontecendo desde muitos milhares de anos, cai particularmente em vista que algumas pessoas conseguem lidar melhor com estes acontecimentos do que outras. Se para algumas pessoas as marcas das adversidades deixam seqüelas de inércia e de constantes lamúrias, bem como o afloramento de mecanismos de compensação como álcool, drogas e remédios, outras, curiosamente, passam por extraordinárias dificuldades e revelam alto nível de resiliência. Aprenderam a encontrar soluções em meio a enormes dificuldades e, são pessoas que tendem a agregar mais pessoas em torno de si do que as que vivem de lamentações e queixas diuturnas.
Bem sabemos que não existem remedinhos mágicos para esta passagem de bom humor, de otimismo, de confiança e de contágio positivo das pessoas em volta. Contudo, alguns ingredientes de amparo, ou de familiares ou de pessoas próximas, apontam aspectos relevantes para esta capacidade positiva em meio às adversidades, tais como: conhecimento de si mesmo, sensibilidade para ajudar outras pessoas em situações muitas vezes mais difíceis e habilidade para integrar emoções e ocorrências frustrantes e desagradáveis. Tudo isto não constitui uma força e especial capacidade de suportar pressões, mas, é decorrência de lidas com pessoas que souberam elogiar e não somente ver defeitos; de pessoas que souberam entender as inquietudes perturbadoras e estimular busca de soluções, ao invés de emitir rotulações negativas de incompetência, de incapacidade e de conformismo; de pessoas que souberam apontar formas mais respeitosas do que as pichações de apelidos e os deboches a partir de traços físicos limitados ou excessivamente salientes.
Como a resiliência não é inata e não cai do céu sobre apenas algumas pessoas privilegiadas, sabe-se que certas formas de relacionamento são mais favoráveis do que outras para desenvolver a capacidade da resiliência. Entre estas formas pode-se destacar que:
a)      Uma está ligada à capacidade desafiadora, isto é, diante dos quadros de queixas e de lamúrias frente a obstáculos aparentemente instransponíveis, induzir a reconhecer seu problema, a aceitá-lo, mas também, para levar a reconhecer possibilidades de enfrentamento, através de metas de superação;
b)      Outra forma é a da percepção dos vínculos afetivos que exteriorizam apoio e amparo;
c)      E, uma terceira forma se liga às razões de propósitos que capacitam a antever ou a intuir um futuro que pode ser melhor. Neste aspecto, ninguém tem uma história mais ilustrativa do que a do psiquiatra Viktor Frankl que cruzou por incríveis situações de risco nos campos de concentração de Auschwitz, porque pensava para frente e não se lamuriava sobre o passado. Ele se repetia que não poderia morrer porque a esposa e seus filhos precisariam muito da sua vida. Isto lhe propiciava domínio sobre si mesmo, senso do dever, de missão, e, também de profunda esperança. Frankl, ao invés de desenvolver formas mórbidas decorrentes dos traumas sofridos, tornou-se altamente competente para ajudar outras pessoas que passaram por situações parecidas com a sua. Por isto, ao vencer inúmeras e muitíssimas oportunidades de morte, também foi capaz de ajudar muitos milhões de pessoas através da Logoterapia que aponta para um sentido ou um fim que seja melhor, pois uma pessoa, ao entrar em crise tende a prender-se muito em torno do que perdeu, do que magoou e do que fracassou, e com isto, automaticamente desativa a capacidade de alimentar projetos para o futuro.

Ao lado das muitas atribuições esperadas por parte dos professores, não podemos, contudo, ignorar que, mesmo com resiliência, a atividade do magistério não consegue deslizar sobre águas mansas enquanto não ocorrerem mudanças significativas no quadro cultural, pois, como Wanda Camargo salienta:
O maior problema parece ser a dificuldade de trilhar os árduos passos para o aprendizado, pois estamos imersos em uma cultura na qual se deposita demasiada esperança na sorte, no jeitinho, nos milagres de loterias e realities shows. A impressão generalizada é a de que o esforço pessoal, o zelo, o aprofundamento nos estudos de nada valem, pois o mundo é dos espertos e não dos dedicados. Boa parte dos heróis midiáticos parece estar ungida pela fortuna, sem necessidades de perseverar em objetivos educacionais ou profissionais, bafejados por boa estrela em pontos de ônibus ou passeios em shoppings, sem vicissitudes existenciais, sem sofrimentos visíveis. [7]
                O baixo status simbólico de quem atua na educação escolar constitui uma realidade que dificulta sobremaneira os níveis satisfatórios de resiliência, porque quem atua neste campo, não consegue viver de “dejetos fecais de anjos” e, tampouco, com muitos sonhos e poucos sinais efetivos de valor social. Basta lembrar que, em nome de mudanças e inovações radicais nas escolas, são muitas vezes nomeadas e substituídas muitas pessoas por meras questões de gosto e simpatia pessoal. Instâncias municipais, estaduais e federais oferecem casos à exaustão de como se procede para idealização de mudanças do ambiente escolar, mas que acabam apenas aumentando as dificuldades já existentes.

Conclusão
Resiliência, mais do que solução fácil para todos os problemas do ambiente escolar, aponta para um difícil itinerário, mas viável e, sem dúvida, necessário para que professores consigam cuidar de si mesmos e, simultaneamente, levar alunos a educar-se para a vida. Este contexto psico-sócio-cultural implica em processo de aprendizagem. Especialmente, aprendizagem para cultivar um humor positivo, lúdico e, sobretudo, esperançoso, para mover-se em torno de algo que está além dos muitos fatores adversos em salas de aulas.
Sem a possibilidade de colaborar num processo de humanização destes tempos difíceis, a docência passaria a constituir-se numa fatalidade cruel. Mesmo que a docência se encontre aquém do valor simbólico da função, a escola ainda continua a constituir-se num espaço socializante para que a humanidade possa sonhar com dias melhores.


BIBLIOGRAFIA

CAMARGO, Wanda. Resiliencia e Educação. In: http://veragama.blogspot.com/2010/08/resiliencia-e-educacao.html
FAJARDO, Indinalva Nepomuceno e outros. Educação Escolar e Resiliência: política de educação e a prática docente em meios adversos. In: http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v18n69/v18n69a06.pdf    
GAYOTTO, Maria Leonor Cunha. Tragédia ou transformação na Educação: o efeito da resiliência. In: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?684
YUNES, Maria Ângela Mattar. Psicologia Positiva e Resiliência: o foco no indivíduo e na família. In: PSICOLOGIA EM ESTUDO, Maringá, v.8, nº especial, p. 75-84, 2003.
MONTEIRO, Denise Schulthais dos Anjos e outras. Resiliência e Pedagogia da Presença: intervenção sócio-pedagógica no contexto escolar. In: BELLO, José Luiz de Paiva. Pedagogia em foco. Vitória, 2001.
PECORELLI, Ingrid. O que é resiliência? In: http://pt.shvoong.com
SAMPAIO, Simaia. A Psicopedagogia como promovedora da Resiliência. In: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=725  
SCRIPTORI, Carmen Campoy. Inclusão Social, Resiliência e Docência: uma pista para construir fortalezas quando tudo parece o caos. In: REVISTA DE EDUCAÇÃO DO GOGEIME, ano 16, nº 30, jun.2007, p.38.



[1] Texto já disponível no site das Faculdades La Salle de Lucas do Rio Verde – MT.
[2]  SCRIPTORI, Carmen Campoy. Inclusão Social, Resiliência e Docência: uma pista para construir fortalezas quando tudo parece o caos. In: REVISTA DE EDUCAÇÃO DO GOGEIME, ano 16, nº 30, jun.2007, p.38.
[3]  FAJARDO, Indinalva Nepomuceno e outros. Educação Escolar e Resiliência: política de educação e a prática docente em meios adversos, p. 09. In: http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v18n69/v18n69a06.pdf
[4]  YUNES, Maria Ângela Mattar. Psicologia Positiva e resiliência: o foco no indivíduo e na família. In: PSICOLOGIA EM ESTUDO, Maringá, v.8, nº especial, 2003, p 82.

[5]  PECORELLI, Ingrid. O que é resiliência? In: http://pt.shvoong.com
[6]  GAYOTTO, Maria Leonor Cunha. Tragédia ou transformação na educação: o efeito da resiliência. In: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?684
[7]  CAMARGO, Wanda. Resiliência e Educação. In: http://veragama.blogspot.com/2010/08/resiliencia-e-educacao.html

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