RESUMO: A
resiliência no ambiente escolar aparece como procedimento novo e impreterível
para que professores tenham êxito em sua atividade docente. No entanto, pode
não passar de uma retórica falaciosa. A resiliência constitui, de fato, um
elemento muito necessário para a lida docente, mas, requer que, ao seu lado,
aconteçam muitas outras inovações, que vão desde salário mais digno até a
elevação do patamar simbólico do magistério no quadro sócio-cultural.
PALAVRAS-CHAVE:
Resiliência. Adversidade. Superação.
Satisfação. Docência.
VERSÃO EM
INGLÊS DO RESUMO:
KEY-WORDS:
Introdução
Nestes
tempos pouco lisonjeiros para os profissionais da área de educação, qualquer
motivação que aponte perspectivas esperançosas é sempre bem vista. A noção de
resiliência engloba uma rica e alentadora mediação para ajudar a lidar com as
adversidades que ocorrem no ambiente escolar. Pretendemos mostrar que a
resiliência é necessário traço da capacidade psíquica para a lida docente, mas
que esta lida depende de outros fatores além da resiliência. Nosso ponto de
vista é o de uma ponderação hermenêutica em torno das dificuldades na docência
a fim de salientar que o baixo status simbólico da docência não depende apenas
da capacidade de auto-superação de professores, mas, eminentemente, de fatores
político-sociais.
Já
existe vasta produção de textos sobre o tema, sobretudo na Internet, mas, de
forma geral, praticamente todos se referem às citações das mesmas fontes de
dados. Qual poderia, então, constituir-se a razão peculiar para mais uma
abordagem sobre o que uns escreveram e outros ratificaram?
Longe da panacéia em
torno da “febre moralizante” de utilização do termo “resiliência”, como solução
para todos os problemas do âmbito escolar, cremos que esta qualidade
psico-social é básica para o alcance de um nível razoável de satisfação na ação
docente, mas, que ainda não supre e nem dirime todas as imbricações de múltiplas
dificuldades que os profissionais da educação vivenciam no seu cotidiano.
1. Alcance do termo “Resiliência”
O
termo “resiliência” ainda é de uso restrito e, certamente, ressoa como
“palavrão alheio” aos ouvidos da linguagem cotidiana do ambiente escolar. Nem
por isso seu significado se manifesta irrelevante nas lidas de professores com
alunos. Se, por exemplo, no lugar do termo resiliência, falamos de capacidade
criativa para resolver problemas, então, a conotação do significado de resiliência
nos aponta um horizonte muito significativo. Com certeza, lidamos muito com
interpelações de resiliência no ambiente escolar, sem a utilização do termo. A
interpelação do seu significado pode, entretanto, despertar motivações ainda mais
eficazes.
No
Brasil o termo “resiliência”, além de praticamente desconhecido na área da
educação, quando usado, se refere somente a conceito da Física. Nesta área do
conhecimento, significa a capacidade de um material receber tensão e recuperar
o estado normal anterior. Por exemplo, as molas da suspensão de um carro ao
receberem os impactos da irregularidade da pista do asfalto ou da estrada,
voltam rapidamente ao estado normal anterior. Resiliência refere-se, por
conseguinte, à capacidade de resistência a choques ou impactos.
Entre
seres humanos o processo de resiliência não apresenta a mesma conotação do que
significa na Física, porquanto não consiste apenas em resistir, mas, em
superar. É mais do que uma ação meramente reflexa, pois está ligada a um
processo de construção de significados que, no indivíduo, não se processam de
“dentro para fora”, mas, que dependem mais do ambiente afetivo do entorno,
gerador de auto-estima e de auto-imagem positiva.
Na
Psicologia o significado de resiliência aponta para uma capacidade muito
apreciada: a de sair fortalecido diante das adversidades. Mais do que voltar a
um estado anterior, depois de sofrer impacto, tal como se entende na Física - resiliência
significa a capacidade de lidar e de integrar situações ou fatos adversos.
Envolve, portanto, processos que levam pessoas ou grupos a superar crises e grandes
dificuldades, através da habilidade de uma rápida superação do que alterou o
humor, a saúde, ou a segurança. Não constitui fenômeno parecido ao da uma barra
de aço que, quando entortada, ao terminar a fonte deste impacto, volta ao seu
estado linear anterior. O psiquismo humano, ao sofrer impactos, reage de formas
bem distintas ao do aço. Uma dor, uma perda, uma crise, ao serem superadas, não
costumam remeter de volta ao estado anterior, mas, bem ao contrário, podem remeter
a outras vivências mais gratificantes e satisfatórias. Na linguagem de Erick
Erickson, equivale a epigênese. A lida com impactos que pessoas ou fatos
proporcionam ao invés da condução ao estágio anterior, dependendo da forma como
este impacto é enfrentado, podem remeter a um salto de qualidade, em que
aparecem outras motivações e capacidades para lidar com a vida. Podemos assim,
assimilar resiliência com Carmen Scriptori: “A
resiliência é a capacidade que os seres humanos têm de superar e sair
fortalecidos quando submetidos aos efeitos de uma situação de extrema
adversidade”.[2]
O
ambiente escolar será resiliente se os professores compreenderem a importância
de trabalhar estratégias capazes de fortalecer a capacidade dos alunos lidarem
com suas dificuldades, e que os professores encontrem vínculos para que também
eles não incorram no isolamento, na discriminação e na violência. Por isso,
ainda que não desfrutem plenamente de importantes características da
resiliência, como elo de comunicação com outros, responsabilidade pela própria
vida, consciência limpa, cultivo de valores capazes de transcender
adversidades, capacidade de compaixão, compreensão e envolvimento com outras
pessoas que sofrem, sentem-se também eles interpelados para esta importante
capacidade.
2. Resiliência na Escola
No
âmbito escolar, nem professores e nem alunos estão imunes de se verem
envolvidos em traumas, tragédias, ameaças, estresses, violências, rivalidades,
formas de exclusão e até de perseguição. O que poderia, nestes casos, facilitar
um processo dinâmico de superação das inconveniências da adversidade?
Com
a crescente ausência de laços afetivos familiares tende-se a relegar à escola a
primordial tarefa de educação da afetividade. Mesmo que professores se sintam
intensamente afetados por crescente frustração, manifestada através de
desmotivação pessoal, elevados índices de absenteísmo, abandono e indisposição,
são eles ainda induzidos a se depreciarem a si mesmos e a desconfiarem do real
e efetivo resultado do seu trabalho. Nem por isso se diminui a importância da
capacidade de resiliência, porque pode levá-los a criar estratégias capazes de
promover um ambiente de aprendizagem, a fim de lidar com fatores estressantes e
adversos.
Independente
do que os professores vivem como profissionais da educação, muitos alunos que
chegam à escola não trazem do seu bloco familiar um suporte de orientação
social positiva, nem experiência de coesão familiar, nem a percepção da
presença expressiva dos seus pais em ambientes sociais e de serviços
humanitários, e ainda sem suporte de socialização em Igreja ou outras
organização coletiva. Então, o professor se torna ator central para fazer com
que o cenário educacional vislumbre forças de resiliência. Seu suporte afetivo
emocional pode fortalecer não somente a ação dialógica, mas também a capacidade
colaborativa a fim de formar pessoas sociáveis e sociais.
Na incumbência de formação de seres humanos
através de conteúdos cognitivos e afetivos os professores agem para uma dupla
demanda: o colégio e a sociedade. Nesta tarefa age de maneira muito expressiva
a influência das emoções. Nem sempre elas são positivas:
No
campo educacional brasileiro hoje, os professores, em sua grande maioria, são
reféns de uma situação na qual não conseguem ser ouvidos como profissionais
sérios e capazes. Porém, também os docentes costumam estar mais aptos a apontar
os ‘nós’ do sistema do que enfrentá-los, mesmo porque, são vistos como meros
executores de tarefas.[3]
Ainda
que nosso quadro cultural confira pouca valorização às emoções, porque
supervaloriza a racionalidade, os sinais elementares da afetividade – alegria,
prazer e amor – conseguem, todavia, criar quadros emocionais capazes de gerar
bom relacionamento da satisfação da pessoa com outras pessoas. Facilitar tal
desenvolvimento torna-se primordial para evitar a hegemonia da raiva, da
tristeza e do medo nas relações humanas.
A capacidade de lidar com
as adversidades não é uma capacidade inata, e, tampouco as grandes e intensas
aflições se constituem necessariamente em fonte irreversível de bloqueio a
outros estados emocionais. Ela depende, fundamentalmente, da forma positiva de
avaliar a noção da adversidade e da articulação cognitiva e emocional para
aceitá-la, tal como aconteceu, com o mínimo de disfuncionalidade e de seqüelas
para o comportamento normal. A questão básica e intrigante é a de saber que
fatores podem facilitar este processo positivo. Dependem, em primeiro lugar, da
sociabilidade, pois, dela pode emergir importante suporte solidário, é dela que
pode resultar um olhar realista sobre os fatos adversos; e, é dela que decorre
tanto a confiança nas habilidades, quanto nas forças interiores para controlar os
sentimentos intensos e integrá-los em nova solução.
Por
longo tempo resiliência foi pensada como questão restrita ao indivíduo.
Atualmente tende-se a fazer recair sobre a família e o ambiente social a
capacidade de fazer um indivíduo encontrar formas sadias de superar as
adversidades.
Assim
como a Psicologia tradicional deu, por longo tempo, ênfase primordial aos
aspectos psicopatológicos, o que a predispôs mais para apontar falhas,
desajustes, desequilíbrios e predisposições para certas doenças psíquicas, a
resiliência foi pensada como capacidade isolada do indivíduo para lidar com as
adversidades. Sabe-se que o efeito de salientar os aspectos positivos da
adaptação e a superação dos momentos difíceis, torna-se mais significativa do
que os alertas aos potenciais estressantes e dos riscos que outras pessoas
podem trazer para o equilíbrio emocional. Segundo Maria Yunes, a força da
resiliência depende muito mais do ambiente social: o senso de pertença e a
valorização das relações interpessoais ajudam a atribuir sentido menos grave à
adversidade; o encorajamento facilita um olhar mais positivo; e, transcendência
e a espiritualidade, através da fé, da comunhão nos rituais, da visualização de
novas possibilidades, ensinam a crescer na adversidade e se constituem em
forças mais influentes do que o agir isolado de um indivíduo. Os padrões da
organização social podem estimular maior flexibilidade e capacidade de
reformular e reorientar motivações; sinais de apoio e de colaboração facilitam
a coesão e a reconciliação; a clareza e a consistência nas argumentações
facilitam a comunicação; e, a capacidade empática e de tolerância aumentam o
humor para interações mais prazerosas.[4]
Ser
resiliente não é ser invulnerável, não significa dizer que em outras
circunstâncias o indivíduo não se abateria, pelo contrário, é ter capacidade de
se reerguer depois de atingido, de adaptar-se positivamente ao que lhe foi imposto,
extraindo experiência das situações difíceis, enriquecendo de maneira única a
vivência do indivíduo ou da empresa e depois, utilizar este aprendizado para
reverter a situação a seu favor.[5]
De
onde poderia advir esta importante capacidade emocional?
3. Resiliência e estrutura psicológica dos professores
Ninguém mais do que
profissionais da educação devem estar munidos de muitas capacidades para lidar
com incertezas e imprevistos que ocorrem dentro de uma sala de aulas. Recai
sobre eles uma pesada cobrança tanto dos familiares dos alunos, quanto das
organizações sociais que esperam destes alunos o mais elevado nível de
resiliência. Como êxitos e fracassos se misturam nesta interação de professores
e alunos, podem os professores exteriorizar sentimentos na lida com as
dificuldades criadas pelos alunos, - mesmo parecendo funestos, - sem por isso
impedir que eles cheguem a procedimentos novos e mais qualificados.
O que hoje é notório no
modo de ser das crianças e alunos de escola, é que eles estão altamente
estimulados pelo que é considerado lixo cultural, veiculado pelos meios de
comunicação de massa e pela internet, e que apontam para poucas chances dos
professores sobreviver na atividade docente com efetivas perspectivas de êxito
para ajudar a formar cidadãos que, por sua vez, possam ser capazes de lidar de
forma criativa com os múltiplos fatores que afetam sua saúde física, psíquica e
social.
Bem sabemos que viver
tempos prolongados em meio a situações adversas, eleva nos professores o risco
de danos psíquicos e de convivência social. Disto decorre uma evidente
necessidade de fortalecimento da capacidade de resiliência, porquanto no
ambiente escolar eclodem muitos reflexos de desacertos familiares e efeitos da
vida social que, por natureza, tendem a paralisar o crescimento da convivência
e a possibilidade de aprender coisas novas, até mesmo para lidar com a própria
existência. São conhecidos muitos aspectos trágicos do ambiente escolar. Maria Gayotto descreve este quadro um tanto
mórbido, salientando que:
O lado trágico da escola
começa pela baixa auto-estima do professor em conseqüência de excessivos
descréditos do seu papel e da desvalorização de sua função. Daí vem a sensação
de impotência, completando o cenário das frustrações em que vivem professores e
alunos: alunos que não conseguem aprender ao lado de professores que não
conseguem ensinar; excesso de alunos em sala de aula, impedindo o
reconhecimento de cada um por parte do professor, ou, pior ainda, o
desconhecimento do nome do professor pelo aluno (alerta máximo de falência do
sistema); indisciplina do aluno que inviabiliza qualquer aula, indisciplina
que, por um lado, precisa receber claros limites, por parte do professor e da
escola, mas que, por outro lado, deve ser interpretado como um sinal, um
sintoma, expresso por alunos que estão trazendo à tona o desagrado, o
desprazer, a rejeição do atual ‘aprender’ desenvolvido na sala de aula, onde
muitas vezes o desrespeito se generalizou.[6]
Certamente o ambiente em
sala de aula não se caracteriza por uma situação totalmente inusitada de bons
tratos, longe dos percalços cotidianos da vida. Quando, porém, lembramos que
muitas tragédias, guerras, enchentes, tsunamis, vulcões, terremotos, abalos
psíquicos, crimes hediondos, abusos sexuais e tantas outras formas de
agressividade vêm acontecendo desde muitos milhares de anos, cai particularmente
em vista que algumas pessoas conseguem lidar melhor com estes acontecimentos do
que outras. Se para algumas pessoas as marcas das adversidades deixam seqüelas
de inércia e de constantes lamúrias, bem como o afloramento de mecanismos de
compensação como álcool, drogas e remédios, outras, curiosamente, passam por
extraordinárias dificuldades e revelam alto nível de resiliência. Aprenderam a
encontrar soluções em meio a enormes dificuldades e, são pessoas que tendem a
agregar mais pessoas em torno de si do que as que vivem de lamentações e
queixas diuturnas.
Bem sabemos que não
existem remedinhos mágicos para esta passagem de bom humor, de otimismo, de
confiança e de contágio positivo das pessoas em volta. Contudo, alguns
ingredientes de amparo, ou de familiares ou de pessoas próximas, apontam
aspectos relevantes para esta capacidade positiva em meio às adversidades, tais
como: conhecimento de si mesmo, sensibilidade para ajudar outras pessoas em
situações muitas vezes mais difíceis e habilidade para integrar emoções e
ocorrências frustrantes e desagradáveis. Tudo isto não constitui uma força e
especial capacidade de suportar pressões, mas, é decorrência de lidas com
pessoas que souberam elogiar e não somente ver defeitos; de pessoas que
souberam entender as inquietudes perturbadoras e estimular busca de soluções,
ao invés de emitir rotulações negativas de incompetência, de incapacidade e de
conformismo; de pessoas que souberam apontar formas mais respeitosas do que as
pichações de apelidos e os deboches a partir de traços físicos limitados ou
excessivamente salientes.
Como a resiliência não é
inata e não cai do céu sobre apenas algumas pessoas privilegiadas, sabe-se que
certas formas de relacionamento são mais favoráveis do que outras para
desenvolver a capacidade da resiliência. Entre estas formas pode-se destacar
que:
a) Uma está ligada à capacidade
desafiadora, isto é, diante dos quadros de queixas e de lamúrias frente a
obstáculos aparentemente instransponíveis, induzir a reconhecer seu problema, a
aceitá-lo, mas também, para levar a reconhecer possibilidades de enfrentamento,
através de metas de superação;
b) Outra forma é a da percepção dos
vínculos afetivos que exteriorizam apoio e amparo;
c) E, uma terceira forma se liga às
razões de propósitos que capacitam a antever ou a intuir um futuro que pode ser
melhor. Neste aspecto, ninguém tem uma história mais ilustrativa do que a do
psiquiatra Viktor Frankl que cruzou por incríveis situações de risco nos campos
de concentração de Auschwitz, porque pensava para frente e não se lamuriava
sobre o passado. Ele se repetia que não poderia morrer porque a esposa e seus
filhos precisariam muito da sua vida. Isto lhe propiciava domínio sobre si
mesmo, senso do dever, de missão, e, também de profunda esperança. Frankl, ao
invés de desenvolver formas mórbidas decorrentes dos traumas sofridos,
tornou-se altamente competente para ajudar outras pessoas que passaram por
situações parecidas com a sua. Por isto, ao vencer inúmeras e muitíssimas
oportunidades de morte, também foi capaz de ajudar muitos milhões de pessoas
através da Logoterapia que aponta para um sentido ou um fim que seja melhor,
pois uma pessoa, ao entrar em crise tende a prender-se muito em torno do que
perdeu, do que magoou e do que fracassou, e com isto, automaticamente desativa
a capacidade de alimentar projetos para o futuro.
Ao lado das muitas atribuições esperadas por parte dos
professores, não podemos, contudo, ignorar que, mesmo com resiliência, a
atividade do magistério não consegue deslizar sobre águas mansas enquanto não
ocorrerem mudanças significativas no quadro cultural, pois, como Wanda Camargo
salienta:
O
maior problema parece ser a dificuldade de trilhar os árduos passos para o aprendizado,
pois estamos imersos em uma cultura na qual se deposita demasiada esperança na
sorte, no jeitinho, nos milagres de loterias e realities shows. A impressão
generalizada é a de que o esforço pessoal, o zelo, o aprofundamento nos estudos
de nada valem, pois o mundo é dos espertos e não dos dedicados. Boa parte dos
heróis midiáticos parece estar ungida pela fortuna, sem necessidades de
perseverar em objetivos educacionais ou profissionais, bafejados por boa
estrela em pontos de ônibus ou passeios em shoppings, sem vicissitudes
existenciais, sem sofrimentos visíveis. [7]
O baixo status simbólico de quem atua
na educação escolar constitui uma realidade que dificulta sobremaneira os
níveis satisfatórios de resiliência, porque quem atua neste campo, não consegue
viver de “dejetos fecais de anjos” e, tampouco, com muitos sonhos e poucos
sinais efetivos de valor social. Basta lembrar que, em nome de mudanças e
inovações radicais nas escolas, são muitas vezes nomeadas e substituídas muitas
pessoas por meras questões de gosto e simpatia pessoal. Instâncias municipais,
estaduais e federais oferecem casos à exaustão de como se procede para
idealização de mudanças do ambiente escolar, mas que acabam apenas aumentando
as dificuldades já existentes.
Conclusão
Resiliência, mais do que
solução fácil para todos os problemas do ambiente escolar, aponta para um
difícil itinerário, mas viável e, sem dúvida, necessário para que professores
consigam cuidar de si mesmos e, simultaneamente, levar alunos a educar-se para
a vida. Este contexto psico-sócio-cultural implica em processo de aprendizagem.
Especialmente, aprendizagem para cultivar um humor positivo, lúdico e,
sobretudo, esperançoso, para mover-se em torno de algo que está além dos muitos
fatores adversos em salas de aulas.
Sem a possibilidade de
colaborar num processo de humanização destes tempos difíceis, a docência
passaria a constituir-se numa fatalidade cruel. Mesmo que a docência se
encontre aquém do valor simbólico da função, a escola ainda continua a
constituir-se num espaço socializante para que a humanidade possa sonhar com
dias melhores.
BIBLIOGRAFIA
CAMARGO, Wanda. Resiliencia e Educação. In: http://veragama.blogspot.com/2010/08/resiliencia-e-educacao.html
FAJARDO, Indinalva Nepomuceno e
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política de educação e a prática docente em meios adversos. In: http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v18n69/v18n69a06.pdf
GAYOTTO, Maria Leonor Cunha. Tragédia ou transformação na Educação: o
efeito da resiliência. In: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?684
YUNES, Maria Ângela Mattar. Psicologia Positiva e Resiliência: o foco
no indivíduo e na família. In: PSICOLOGIA EM ESTUDO, Maringá, v.8, nº
especial, p. 75-84, 2003.
MONTEIRO, Denise Schulthais dos Anjos
e outras. Resiliência e Pedagogia da
Presença: intervenção sócio-pedagógica no contexto escolar. In: BELLO, José
Luiz de Paiva. Pedagogia em foco.
Vitória, 2001.
SAMPAIO, Simaia. A Psicopedagogia como promovedora da
Resiliência. In: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=725
SCRIPTORI, Carmen Campoy. Inclusão Social, Resiliência e Docência: uma
pista para construir fortalezas quando tudo parece o caos. In: REVISTA DE
EDUCAÇÃO DO GOGEIME, ano 16, nº 30, jun.2007, p.38.
[1]
Texto já disponível no site das Faculdades La Salle de Lucas do Rio Verde – MT.
[2] SCRIPTORI, Carmen Campoy. Inclusão Social, Resiliência e Docência: uma
pista para construir fortalezas quando tudo parece o caos. In: REVISTA DE
EDUCAÇÃO DO GOGEIME, ano 16, nº 30, jun.2007, p.38.
[3] FAJARDO, Indinalva Nepomuceno e outros. Educação Escolar e Resiliência: política de
educação e a prática docente em meios adversos, p. 09. In: http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v18n69/v18n69a06.pdf
[4] YUNES, Maria Ângela Mattar.
Psicologia Positiva e resiliência: o foco no indivíduo e na família. In:
PSICOLOGIA EM ESTUDO, Maringá, v.8, nº especial, 2003, p 82.
[5] PECORELLI, Ingrid. O que é resiliência? In: http://pt.shvoong.com
[6] GAYOTTO, Maria Leonor Cunha. Tragédia ou transformação na educação: o
efeito da resiliência. In:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?684
[7]
CAMARGO, Wanda. Resiliência
e Educação. In: http://veragama.blogspot.com/2010/08/resiliencia-e-educacao.html
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