Mais do que fantasia inócua,
De projeção nada conspícua,
Há sonho bom e necessário,
Para um valoroso itinerário.
Com os lamentos de perdas,
Cheios de relutâncias lerdas,
A fixação a anseios passados,
Obstrui rota a novos legados.
A teimosia em aceitar perdas,
Na postura de eriçadas cerdas,
Aumenta a violência humana,
E dela nada de bom promana.
Sobre feias pedras demolidas,
Emergem com flores coloridas,
As virtualidades e paradigmas,
Para fruir os novos querigmas.
Novo modo mais humanitário,
Relega preconceito temerário,
E gesta caminho mais altruísta,
Que o radicalismo maniqueísta.
Povoamento mental dos medos,
Sob bem fantasiosos arremedos,
Não produz autotranscendência,
E sequer benéfica aquiescência.
Ao invés das energias queimadas,
Para repetir ideias bem enleadas,
Sobre os imaginários inexistentes,
Cabem sonhos nada prepotentes.
O inusitado para ser configurado,
Consegue arrostar outro legado,
Do que o da dominação danosa,
Afoita sob a arrogância ufanosa.
Assim algo novo pode emergir,
E levar a progressivo ressurgir,
No imaginário coletivo social,
Para outro conceito universal.