domingo, 11 de dezembro de 2022

SONHO NO TEMPO DIFÍCIL

 

 

Mais do que fantasia inócua,

De projeção nada conspícua,

Há sonho bom e necessário,

Para um valoroso itinerário.

 

Com os lamentos de perdas,

Cheios de relutâncias lerdas,

A fixação a anseios passados,

Obstrui rota a novos legados.

 

A teimosia em aceitar perdas,

Na postura de eriçadas cerdas,

Aumenta a violência humana,

E dela nada de bom promana.

 

Sobre feias pedras demolidas,

Emergem com flores coloridas,

As virtualidades e paradigmas,

Para fruir os novos querigmas.

 

Novo modo mais humanitário,

Relega preconceito temerário,

E gesta caminho mais altruísta,

Que o radicalismo maniqueísta.

 

Povoamento mental dos medos,

Sob bem fantasiosos arremedos,

Não produz autotranscendência,

E sequer benéfica aquiescência.

 

Ao invés das energias queimadas,

Para repetir ideias bem enleadas,

Sobre os imaginários inexistentes,

Cabem sonhos nada prepotentes.

 

O inusitado para ser configurado,

Consegue arrostar outro legado,

Do que o da dominação danosa,

Afoita sob a arrogância ufanosa.

 

Assim algo novo pode emergir,

E levar a progressivo ressurgir,

No imaginário coletivo social,

Para outro conceito universal.

 

 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

PENSAMENTO ENJAULADO

 

 

Estranho momento histórico,

Cheio de argumento retórico,

Boicota o lídimo sentimento,

Para afirmar estranho intento.

 

Nada vale a opinião diferente,

Diante do fanatismo indecente,

Do pensamento tradicionalista,

Impondo dominação moralista.

 

Longe dum respeito elementar,

Somente objetiva arregimentar,

Súditos para a raivosa ideologia,

Que foca obstinada demagogia.

 

Na vetusta concepção monista,

Reage-se à opinião antagonista,

Razão de guerra para combate,

E afronta odiosa para o embate.

 

A motivação religiosa da guerra,

Sob Deus que em nada emperra,

Sem referência com o Evangelho,

Razão para controle cego e velho.

 

Enjaulado no pensamento único,

A lida com ambiente anacrônico,

Não permite exteriorizar opiniões,

Pela ameaça de metidos a rufiões.

 

Crescente presença conservadora,

Boicota qualquer ideia inovadora,

E sob o rígido ideário neofascista,

O distinto merece ataque belicista.

 

Retórica do ataque de ódio básico,

E o fanatismo religioso anestésico,

Geram vistoso clima da arrogância,

Contra a lida para reta constância.

 

 

domingo, 13 de novembro de 2022

TERNURA

 


Mais apreciada do que ouro,

E já tão rara quanto tesouro,

Sentimento evadido da vida,

Pouco afeta a cotidiana lida.

 

Muita forma terna e meiga,

Derreteu como a manteiga,

Passada sobre pão quente,

Do pensamento irreverente.

 

A defesa ideológica fascista,

Gestou mobilização idealista,

Para os privilégios de poucos,

Ante a multidão de amoucos.

 

Incitados ao ódio excomunal,

Os amoucos criaram tribunal,

Para julgar supostos inimigos,

E assegurar direitos a amigos.

 

Laços de parentesco e de afeto,

Ruíram ante um novo dialeto,

Do ódio mordaz a insubmisso,

Dum golpe militar de enguiço.

 

Enquanto amoucos vociferam,

Seus mentores só reverberam,

Esperando o bote envenenado,

Para reaver status privilegiado.

 

Enquanto isso a ternura fenece,

E a imensidão de gente padece,

A ver rispidez esfalfar meiguice,

E carinho relegado por sovinice.

 

Até o trato afetuoso cotidiano,

Já enterrado por coveiro insano,

Ficou esquecido e relativizado,

Sem elã para pressuroso legado.

 

 

 

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

DOLOROSA DIVISÃO

 

 

Disputas políticas acirradas,

Marcaram lutas obstinadas,

Mas ódio mortal espalhado,

Caracterizou um novo dado:

 

Na divisão familiar profunda,

A ameaça raivosa e iracunda,

Casou o neofascismo político,

Com tradicionalismo acrítico.

 

Cavou divisão no catolicismo,

De apelos contra comunismo,

Sem evangelho, mas de ódio,

Como único e soberano pódio.

 

Alinhou clérigos reacionários,

Com os neofascistas ideários,

De liturgias para um sistema,

Sem o cristológico emblema.

 

Apelo ao passado idealizado,

Infunde o medo desesperado,

Contra iminente comunismo,

Que devora o patriarcalismo.

 

Neste enlace de ritos antigos,

Com neofascismo de inimigos,

Gesta-se um novo primogênito,

Com rosto ético-moral atônito:

 

Importa aniquilar todo inimigo,

Assimilado como o real perigo,

A quebrar inusitado casamento,

De político e ideológico intento.

 

A comunhão eclesial machucada,

Ficou mais ferida e transpassada,

Por entronizar os supremacistas,

De motivações religiosas fascistas.

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

TATURANAS FAMIGERADAS

 


Quais insetos advindos de mariposas,

Certos mandantes metidos a raposas,

Armados de cerdas de ação urtigante,

Espalham perigo do vigor beligerante.

 

Sustentam ideologias para se afirmar,

Como únicos meritórios do patamar,

Capazes de manter esperanças vivas,

Com suas ilusórias e falsas assertivas.

 

Manipulam o “nós” da nossa nação,

Para dar lugar à ambicionada função,

Que se traveste em regras religiosas,

Para garantir pretensões prodigiosas.

 

Estabelecem o seu interesse político,

Como sendo “bem-comum” pacífico,

Para favorecer seus aliados de pacto,

E fortalecer-se num plano compacto.

 

Seguidores do velho monismo grego,

Movem-se no interesseiro chamego,

Como os únicos capazes de efetuar,

O quanto o povo anseia compactuar.

 

No auto-referenciar-se como o bem,

Alegam força maior advinda do além,

Para eliminar todo e qualquer inimigo,

Merecedor de um humilhante castigo.

 

Impõem politicamente uma religião,

Que justifica o armamento de legião,

Para assegurar os privilégios elitistas,

De oligarquias viciadas e oportunistas.

 

Não desconfiam de reformar seu agir,

Para compostura reta e fazer emergir,

Algo favorável a inúmeros explorados,

Reféns dos preconceitos deteriorados.

 

Como taturanas parasitas aglomeradas,

Andam com suas cerdas empoderadas,

Para liberar toxina hemorrágica mortal,

A quem rejeita o seu controle temporal.

 

 

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

ECOLOGIA DA MENTE

 

 

Em natureza degradada,

Duramente vilipendiada,

Fluem fanatizadas ideias,

Sobre humanas odisseias.

 

A dissonância da mente,

Com ecologia padecente,

Revela larga ideia cultural,

De disparate conjuntural.

 

Separa-se sentido da vida,

Com o da Terra denegrida,

Sob noções inapropriadas,

Coletivamente sustentadas.

 

 No pensamento defeituoso,

De um ambiente delituoso,

Flui desrespeito ecológico,

E o triste efeito patológico.

 

A estranha doença coletiva,

De uma teimosa aleivosiva,

Reproduz ideia inadequada,

E cega rigidez inapropriada.

 

Quando tantos psicodélicos,

Estimulam eventos bélicos,

Falta uma mudança religiosa,

Para superar ideologia raivosa.

 

Tantos caminhos redentores,

Propagam atos interventores,

Mesclados na decisão política,

Para fanática posição acrítica.

 

Quando a mente está poluída,

Não se vê a ecologia agredida,

Pois a ambição descontrolada,

Dispensa toda noção inovada.

 

Com pensamento defeituoso,

Aflora vasto senso impetuoso,

De ideologizar ideia superada,

Que visa ganância famigerada.

 

 

 

 

 

quinta-feira, 14 de julho de 2022

ONDAS HISTRIÔNICAS

 

 

Como antigos palhaços romanos,

No encenar farsas e desenganos,

Procedimentos bem exagerados,

Compram os afetos dissimulados.

 

A dramaticidade dos seus gestos,

Ultrapassa os limiares modestos,

E os atos exagerados e inflexíveis,

Revelam suas ambições passíveis.

 

Airosos pelo centro das atenções,

Maquinam inusitadas conjunções,

A revelar uma conduta inflexível,

Pelos holofotes dum lugar visível.

 

Fala teatral para chamar atenção,

Oculta sentimento de frustração,

E fragilidade do sentimento feliz,

Na alegre aparência se contradiz.

 

A carência de ser foco dos olhares,

Não firma os pés e os calcanhares,

Sobre serena e pacífica convivência,

Mas, na sedução para dependência.

 

Estratégia pela notável visibilidade,

Abafa a evidência da interioridade,

Para almejar a centralidade do olhar,

Sem as reais frustrações descortinar.

 

Na insuportabilidade do ficar de lado,

Ficam todo dia de humor incomodado,

Por não suportar indício de frustração,

Nem evidente e manifesta prostração.

 

A necessidade de ostentar aparências,

E de evidenciar-se com displicências,

Faz com que se tornem exibicionistas,

E conquistadores hiper oportunistas.

 

Superficialidade no avanço intimista,

Fruto da aparência furtiva e simplista,

Leva-os à fuga de compromissos leais,

Para viverem relacionalidades banais.

 

 

CLIMA E NEUROSE OBSESSIVA

 

 

Tanto transtorno de afetividade,

Leva a obsessões de saciedade,

E a cultivar desejos de domínio,

Fautores dum largo extermínio.

 

Na cega obstinação pelo poder,

Ambições por mandar e aceder,

Subjugam as pessoas e objetos,

Com rigores perversos e abjetos.

 

Aferrados numa rota de morte,

Já onipotentes da alheia sorte,

Petrificam a inércia das ações,

Para solidificar suas condições.

 

Exigem cumprimento rigoroso,

Com apelações e grito raivoso,

Contra eventuais ações reativas,

Frente às suas doidas invectivas.

 

Feitos tiranos sobre a vida alheia,

Violam direitos para a mão cheia,

E saturam de deveres opressores,

Para afastar possíveis sucessores.

 

Invadem toda intimidade alheia,

E afirmam a sua superior peleia,

Para incutir larga desinformação,

E refutar toda contrária opinião.

 

Escorados no que muda o clima,

Negam o estrago na obra-prima,

E nada fazem em prol do planeta,

Transformado nesta vil proxeneta.

 

Longe de gesto por saúde da Terra,

Estimulam saque e grito de guerra,

Para ocultar toda exaustão evidente,

E assegurar sua neurose onipotente.

 

 

 

 

 

 

 

 

quarta-feira, 29 de junho de 2022

O MITO INDÔMITO

 


 

Criado para assegurar interesses,

Sinônimo para alheios estresses,

Aparece ele na altiva arrogância,

Com largo direito de petulância.

 

Soube delapidar a cruz de Cristo,

Para brilhar como arma de aristo,

Que é comparada com a riqueza,

Da psicótica e mórbida fraqueza.

 

Inverteu religioso mandamento,

Sem qualquer bom aditamento,

E no “amai-vos uns aos outros”,

Prega “armai-vos contra outros”.

 

Longe da postura não violenta,

Esnoba vida mítica e opulenta,

E afronta miséria constrangida,

Com sua suposta eleição ungida.

 

Quer armamento contra ladrões,

Mas isenta os piores esquadrões,

E assegura-lhes proteção e defesa,

Com afronta de perversa ardileza.

 

 

Já não trabalha pelo bem comum,

Mas se exibe de forma incomum,

Para ser admirado no agir exótico,

Como um super-herói carismático.

 

Na oratória de audiência apática,

Flui eloquência de raiva fanática,

Da pulsão doentia de onipotência,

Mas de irresponsável displicência.

 

Sabe que qualquer besteira dita,

Vira manchete de vazão inaudita,

E desfoca todo o agir necessário,

Por boicote de inimigo sumário.

 

 

 

 

terça-feira, 28 de junho de 2022

HEROÍSMO DOS PSICOPATAS

 

 

A novidade dos hodiernos dias,

Cheia de boas mentes baldias,

Enseja aos cérebros psicóticos,

Mover as massas de neuróticos.

 

Os seus transtornos cerebrais,

Gestam as guerras excomunais,

E animam os cérebros coletivos,

Em combates férreos e efetivos.

 

Seus fascínios perversos por armas,

Das aparentes liberdades enfermas,

Enaltecem sob os delírios genocidas,

As midiáticas guerras ensandecidas.

 

Os seus complexos de onipotência,

Expandem seus ares de onisciência,

Para povoar filmes, escolas e mídias,

Com insinuantes e agressivas insídias.

 

A irreversível tendência destruidora,

Com aguda midiatização demolidora,

Anela pelas armas mais sofisticadas,

Para intimidar por razões futricadas.

 

Na falsa segurança da posse de armas,

A postura funesta de sinistras alarmas,

Encoraja-se o fanático combatente,

A produzir o oprimido descontente.

 

No sintoma do fracasso capitalista,

Falso heroísmo de fundo idealista,

Vive-se horrível onda de matança,

Como se fosse a razão de festança.

 

Constantes tiroteios contra massas,

Acostumam nas sofrências crassas,

Duma fruição de revide ao eliminar,

Com o sadismo de ver outros penar.

                                     

sábado, 25 de junho de 2022

TEMPO DOS MEDOS

 

 

Bloqueadores das paixões,

E freios das interconexões,

Os medos isolam iniciativas,

E relegam ações prestativas.

 

Imobilizam os movimentos,

E desanimam bons intentos,

E congestionam bons fluxos,

Para soltar amargos refluxos.

 

Grudados à perda de alguém,

Tratam outros com desdém,

E atrapalham encantamentos,

Por possíveis e novos alentos.

 

Atrapalham na vida diuturna,

A aceitação de perda soturna,

E freiam o suave deslizamento,

Da existência por bom alento.

 

Atrapalham a rica criatividade,

E cegam a vista à diversidade,

Para apego a algo encantador,

Com o elã novo e arrebatador.

 

Movem para os falsos apegos,

Sem esquecer os frios arregos,

Dum passado pouco edificante,

E de pouco processo aderente.

 

Prendem às situações mortas,

Com as reforçadas comportas,

Para repetir a monótona vida,

Da mesmice vazia e repetida.

 

Falseiam base do chão da vida,

E a consideram bem preterida,

Para soltar afetos desvairados,

E apegos a sofrimentos irados.

 

 

segunda-feira, 20 de junho de 2022

IGREJA E ESPERANÇA

 

 

No acalanto das boas expectativas,

Não cabem as ofensas combativas,

De certezas absolutas e categóricas,

E nem persuasões tíbias e eufóricas.

 

No apelo ao Magistério e aos rituais,

Os rígidos e antigos preceitos morais,

Cederão ao bom-senso para normas,

Coadunáveis com prudentes formas.

 

Duros binarismos do “certo e errado”,

Ante um apogeu de religioso sagrado,

Darão ensejo a uma atenciosa escuta,

Com gradual regresso da ordem fajuta.

 

Obstinada defesa absolutista religiosa,

Cederá a uma benéfica ação laboriosa,

Para o respeito profundo ao diferente,

Que já se move pelo olhar indiferente.

 

Arrogante presunção da cognitividade,

Deixará de ser absoluta na sociedade,

E aprenderá do conhecimento alheio,

A relegar o radicalismo de galanteio.

 

Na imprópria atribuição de governar,

Passará à admirada ação de animar,

Enquanto a iníqua ação de mandar,

Será olvidada na força de demandar.

 

O formalismo e a teologia do pano,

Com seu aparato de fricote insano,

Ficará como recordação preterida,

De fanatizada fase de ação alarida.

 

O carismatismo que nada converte,

Sob a religiosidade que introverte,

Permitirá na ênfase do Evangelho,

Relegar cura e milagre de bedelho.

 

O ultraconservadorismo de poder,

Irá com sua bagagem se escafeder,

E permitirá o Espírito Santo agir,

E impregnar a vida de novo porvir.

 

 

 

sábado, 18 de junho de 2022

NO CAMINHO DE JESUS

 

 

Nele se delineia um olhar,

Direcionado ao entreolhar,

Para quem fita o lugar alto,

Esperando ajuda num salto.

 

Remete a uma radicalidade,

De uma nova religiosidade,

Que foca o olho no entorno,

Sem o devocionismo morno.

 

A costumeira espera do alto,

Na passiva espera de enalto,

Viciou o olhar da esperança,

Com fatalista desesperança.

 

Espiritualidade de sofrência,

De mortificação e penitência,

Visualizava a cruz do agrado,

Para o divino ato sacralizado.

 

Na espiritualidade intimista,

Toda farisaica e tão vitimista,

Esperava-se uma ação divina,

Contra a ação humana sovina.

 

Esquecidos da morte de Jesus,

E da razão que o levou à cruz,

Não valorizam a sua bondade,

Nem sua alegre solidariedade.

 

Esquecem a esperança lúcida,

E sua proximidade translúcida,

Dos alertas à idolatria do Ego,

Para sensibilidade ao alter-ego.

 

Ao caminho do olhar vertical,

O foco do entorno horizontal,

Revela proceder de redenção,

Para frágil e humana condição.

 

 

 

domingo, 5 de junho de 2022

NA ERA DA VIROSFERA

 


Sob os humanos tão valentes,

Em seus domínios polivalentes,

O apogeu superior e mais forte,

Depende de virose e seu aporte.

 

Quase invisível ao olho humano,

Espalha com um efeito inumano,

O domínio sobre sonhos e planos,

E mira os campos trans-humanos.

 

Impõe ao planeta a sua economia,

Altera rotas comerciais de anomia,

E quebra fixos esquemas culturais,

Freando negociações conjunturais.

 

Ignorada pela voracidade humana,

A virose lhe mostra a ação insana,

Do mórbido desrespeito à ecologia,

E do diagnóstico da sua patologia.

 

A virosfera em seu universo maior,

Aponta o que ambição fez de pior,

E sentencia de morte o vencedor,

Vingando-se do humano fazedor.

 

Neste hiper-proclamado vencedor,

Espalha fagos para moer seu ardor,

E freá-lo na loucura de suas ambições,

De lucrar com impróprias suposições.

 

O não reconhecimento das simbioses,

E o trato hospitaleiro das ricas bioses,

Predispõe nos anfitriões parasitários,

Fúria voraz a hospedeiros arbitrários.

 

Na bajulação da “condição humana”,

Revela-se a traição da vida humana,

Que requer muitas espécies de vida,

Até para a proteção na cotidiana lida.

 

 

 

 

 

 

<center>ERA DIGITAL E DESCARTABILIDADE</center>

    Criativa e super-rápida na inovação, A era digital facilita a vida e a ação, Mas enfraquece relacionamentos, E produz humanos em...