Um lugar para tudo,
Múltiplo, sobretudo,
Centraliza toda lida,
Numa ânsia querida.
Lugar de intimidade,
Gênese da bondade,
O recinto do quarto,
Virou nocivo e farto.
Refúgio para dormir,
Bom para se divertir,
Ali tudo é permitido,
E até bem escondido.
Sede do computador,
Para conexão da dor,
E compartilhamento,
Do sofrido desalento.
Ali, vícios depravados,
Vagueiam desandados,
Com toda pornografia,
Para uma triste porfia.
Reino do Deus prazer,
E altar de vasto lazer,
Derruba a vitalidade,
E devora a liberdade.
O deleite da solidão,
Engole toda retidão,
Atordoando a mente,
Sob o ideário doente.
O homem do quarto,
Em denegrido parto,
Gera uma depressão,
Da genuína condição.
Sem filtros atentos,
Os acontecimentos,
Espalham na mente,
A confusão doente.
Delírios e fantasias,
Consomem os dias,
No tédio aturdido,
Do rumo perdido.