Nas idealizações do bom nome,
Seja por apelido ou sobrenome,
Imensidões humanas disputam,
Uma precedência que reputam.
Alguns insistem na sua imagem,
Enquanto outros na bricolagem,
Para desfrutar atenção e apreço,
Sem ponderar sobre o alto preço.
Outros fazem do corpo o objeto,
Ainda que de modo bem abjeto,
Para atrair os olhares sedutores,
Sobre seus peculiares pendores.
O excesso torna-se importante,
Como nobre fator estimulante,
Para prender atenção obcecada,
Mesmo que logo seja frustrada.
Quando toda gana pelo renome,
Denigre a repercussão do nome,
A notoriedade tão ambicionada,
Acaba em reputação desandada.
Na obstinação pela celebridade,
Eleva-se qualquer barbaridade,
Como o meio da almejada fama,
Com delírio que o nome aclama.
Ao lado da publicidade famosa,
Adoro toda memória formosa,
Que solta fartas repercussões,
Na grandeza de boas gerações.
Grandes pessoas eternizadas,
Cativaram posturas prezadas,
Nos gestos de meiga bondade,
E de misericórdia à saciedade.
Tantos avós ficam perpetuados,
Não através de famosos legados,
Mas pelo sábio proceder na vida,
A perpetrar bondade enternecida.
