Mesmo com os melhores sentimentos,
Não se evitam os
descontentamentos,
E muitos arrufos com
pessoas amigas,
Por minúsculas e supérfluas
intrigas.
Longe de saber arrulhar
como pombas,
E de não reagir com pesadas
pitombas,
Temos pela frente dura
aprendizagem,
Para revidar com serena
camaradagem.
Enquanto aves nos arrulhos
de atração,
Exprimem ternura da sua
murmuração,
Nós pouco arrulhamos sinais
de estima,
E reagimos bem menos a algo
que anima.
O bombardeio de contínuas
informações,
Deixa arvoadas tantas
obsessivas paixões,
E aturdidas todas as
possíveis iniciativas,
Para reatância rápida ante
as invectivas.
Nos arrufos ternos para o
entendimento,
Sempre se abre novo e
vigoroso intento,
Capaz de integrar
desencontros doídos,
E os sentimentos em
ardentes pruridos.
Como as nuvens fugazes e
passageiras,
O advento de sensações mais
fagueiras,
Permite impregnar a vida
com ternura,
Para a convivência com
menos agrura.