sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

ARRUFOS BANAIS




Mesmo com os melhores sentimentos,
Não se evitam os descontentamentos,
E muitos arrufos com pessoas amigas,
Por minúsculas e supérfluas intrigas.

Longe de saber arrulhar como pombas,
E de não reagir com pesadas pitombas,
Temos pela frente dura aprendizagem,
Para revidar com serena camaradagem.

Enquanto aves nos arrulhos de atração,
Exprimem ternura da sua murmuração,
Nós pouco arrulhamos sinais de estima,
E reagimos bem menos a algo que anima.

O bombardeio de contínuas informações,
Deixa arvoadas tantas obsessivas paixões,
E aturdidas todas as possíveis iniciativas,
Para reatância rápida ante as invectivas.

Nos arrufos ternos para o entendimento,
Sempre se abre novo e vigoroso intento,
Capaz de integrar desencontros doídos,
E os sentimentos em ardentes pruridos.

Como as nuvens fugazes e passageiras,
O advento de sensações mais fagueiras,
Permite impregnar a vida com ternura,
Para a convivência com menos agrura.







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