segunda-feira, 18 de março de 2019

CORUSCO DO OLHAR





Como é bom sentir-se afetado,
Por olhar reluzente e recatado,
Que da translúcida paz interior,
Reflete uma grandeza superior.

Nesta vitalidade tão fulgurante,
Rutila uma energia vitalizante,
A traçar caminhos para o amor,
Que curam feridas do desamor.

Qual a criança bem afeiçoada,
Em clima de atenção dobrada,
A segurança básica abre rumos,
Para ricos e prósperos aprumos.

O cultivo das boas virtualidades,
Transforma as tristes realidades,
Pela empatia do olhar atencioso,
Que antecipa frutuoso antegozo.

Se uma afeição consegue coruscar,
Mais do que ações de conspurcar,
Caberia promover a sua dignidade,
À boa organizadora da sociedade.

Os tantos desencontros arvoados,
Que ofuscam os ideais elevados,
Somente aumentam sofrimentos,
E escorraçam quaisquer alentos.

No olhar que transluz bondade,
Sempre aparece a boa claridade,
Que fulgura para límpido sentido,
E evade o sentimento deprimido.

domingo, 17 de março de 2019

FEIÇÕES ANIMADORAS





Quais olhares de crianças de colo,
A revelar num fito sua esperança,
Não se necessita de bom protocolo,
Para arrolar exuberante festança.

Quando a fé humana borbulha,
Em rosto translúcido que reflete,
 A vida interior em sutil fagulha,
Acende esperança que promete:

Alinhar a vida com a antecipação,
Da razão tão essencial ao sentido,
Transformar todo olhar da ação,
Para agir no ambiente denegrido.

Na elevação dos mundos sofridos,
Incorporam-se os afetos negados,
E recriam-se projetos preteridos,
Com sólidos e inusitados legados.

Sob o olhar que encanta e fascina,
A interioridade reporta a mundos,
Em que a emoção não discrimina,
Nem olhares sisudos e iracundos.

Simplesmente aponta a superação,
Mediante as inovações interiores,
Para que este mundo do coração,
Encante para alcances superiores.

Sob as inovadas formas do olhar,
Contagiam-se ambientes sofridos,
Que foram cegados pelo antolhar,
De fruir amor dos entes queridos.





sexta-feira, 1 de março de 2019

AVIDEZ E DESPERDÍCIO




Os desejos imoderados,
Largamente propalados,
Geram gana de ambição,
Com a pífia malversação.

Cobiça por mais coisas,
Não enche frias lousas,
Nem eleva a existência,
Na sua frágil carência.

Na voracidade ardente,
Torna-se mais evidente,
Que famélico acúmulo,
Fica aquém do túmulo.

Com tanta sofreguidão,
Uma enorme multidão,
Não atinge o patamar,
Da interação de amar.

A veemência famélica,
Da auto-defesa bélica,
Espolia alegria humana,
E muita dor  promana.

Na sede tão sequiosa,
Da ampliação radiosa,
O humano vira vulgar,
Sem elã de empolgar.

Feito lixo descartável,
Deixa de ser amável,
E rasteja sem projeto,
Sob um negativo afeto.




<center>ERA DIGITAL E DESCARTABILIDADE</center>

    Criativa e super-rápida na inovação, A era digital facilita a vida e a ação, Mas enfraquece relacionamentos, E produz humanos em...