Longe de um Deus transcendente,
Importa somente o deus imanente,
Do indivíduo rico e muito poderoso,
Auto-suficiente e sem ato generoso.
Novos mandamentos promulgados,
Enaltecem lucros sobre explorados,
E concorrência para abafar os rivais,
Para obter dividendos excepcionais.
Lucro no ápice da virtude suprema,
Potencializa um poder que estrema:
Salva-se apenas indivíduo muito rico,
Ambicioso e altamente egocêntrico.
A crença libera e ativa a
colonização,
No perfil neoliberal de racionalização,
Onde armas configuram sacramentos,
Para satisfazer os ambiciosos
intentos.
Acúmulo, com riqueza e vasto poder,
Sem limite de respeito nem de pudor,
Atingem limites catastróficos na
Terra,
E desequilibram a vida que ela
encerra.
No capitalismo tão pregado e adorado,
Firmado no aporte neoliberal
devotado,
Ainda resta um sonho de fraternidade,
Ou temos que subsumir na iniquidade?
No caminho avesso, ainda resta o
sonho,
De que humanos mudem o deus bisonho,
Para focar a vida e o cuidado da natureza,
Tão doída, povoada de miséria e
pobreza.
O caminho tão exotérico do
colonialismo,
Ignora a face oculta do
patrimonialismo,
Que sob a pilhagem cruel e
devastadora,
Não apresenta nenhuma pista
redentora.