Neste traço peculiar humano,
De elevar a vida no inumano,
Mais que procriação biológica,
Sonha-se com bondade lógica.
Ampliar relações de saciedade,
No participar em comunidade,
Com o serviço bom e altruísta,
Solidifica a solidária conquista.
Na gestação de novos valores,
Surgem crises nada decolores,
A preencher vida com objetos,
Que matam possíveis projetos.
Estimulação ao gozo ilimitado,
Festivo e sem horário marcado,
Leva ao abuso de alucinógenos,
E rejeição aos extra-endógenos.
Só o que vem da subjetividade,
Inibe colaborativa benignidade,
E retrai para largo consumismo,
No cego desfrute, com cinismo.
Sem um horizonte generativo,
O quarto vira o único lenitivo,
De proteção contra os medos,
E delírio com ilusórios enredos.
Impulso compulsivo a consumo,
Fecha-lhes um produtivo rumo,
E em vez de laços generativos,
Consomem alienantes lenitivos.
Sentimento precário e provisório,
Nivela tudo e todos como irrisório,
Fruindo como vermes consumistas,
Acuados nos seus redis narcisistas.
Nem sequer esportes os encantam,
Pois, presos a telinhas que cantam,
Viram objetos do vírus capitalista,
Presos numa onda sensacionalista.
Sob enganoso discurso dominante,
Nada pensam para levá-lo adiante,
E vão aos poucos implodir um jeito,
Que cultua poder de falso respeito.
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