Tão distintas das alamedas,
A ostentar as longas medas,
De espécies raras e exóticas,
Elas seguem estrambóticas.
Sem esta ordem moderna,
Da organização hodierna,
A vereda lembra direção,
Para a variada orientação.
Sem uma obsessiva lógica,
De orientação pedagógica,
Indica o rumo do caminho,
Sem uma clareza de alinho.
Distante do rígido concreto,
Feito suporte nobre e dileto,
O rumo de trilhas e veredas,
Não aponta feições azedas.
Não ostenta caixa de dejeto,
Mas escancara lixo discreto,
A incorporar-se à natureza,
De uma exuberante beleza.
A vereda encurta caminhos,
Sem os pisos arrumadinhos,
E se adapta bem à natureza,
Para aumentar sua inteireza.
As veredas fogem da rigidez,
Da tão emaranhada algidez,
Que afeta as regras sociais,
E deturpa sensos essenciais.
Veredas toleram o diferente,
Tão vilipendiado pela gente,
Que se move pelo controle,
De ineptos de autocontrole.
Veredas driblam categóricos,
Dos urbanismos meteóricos,
Que adoram asfalto e luzes,
E morrem sob os arcabuzes.
Sem alinhamento e prumo,
A vereda do baixo consumo,
Indica perspectiva futurista,
Tão viável quanto reta pista.