quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

FELIZ NATAL PARA QUEM?

 

 

Para alguns amigos próximos,

Augúrio de alentos máximos,

Sob o simpático “feliz natal”,

Pouco lembra o sobrenatural.

 

Como saudação corriqueira,

Para a festividade fagueira,

Fica de lado triste memória,

De um nascituro sem glória.

 

Perversidade de um Herodes,

Segue cantando as suas odes,

E matando inocentes pobres,

Como se fossem atos nobres.

 

As Faixas de Gaza do planeta,

Sem o lugar para a trombeta,

Clamam nos silêncios mudos,

Contra os arrogantes sisudos.

 

Sob deus da glória mandante,

A razão da chegada visitante,

É a dos desumanos armados,

Massacrando pobres calados.

 

Poucos magos desviam rota,

Para evitar mortífera derrota,

E seguir estrela de bom-senso,

Para diminuir o triste dissenso.

 

Aniversário de pobre menino,

Distorcido do sentido genuíno,

Sob festa de ingestão mórbida,

Difunde a lida humana sórdida.

 

Como festar exultante alegria,

Sem um lugar para a harmonia,

Entre canhões, metralhadoras,

E tantas armas intimidadoras?

 

Sob a luz de um mínimo juízo,

Procurar novo jeito de paraíso,

Remete a um exemplo de vida,

Para convivência enternecida.

 

Longe do romântico presépio,

Sonho dum mundo sem ópio,

Ainda encontra amparo feliz,

Para trato, com sinais gentis.

 

Do antigo nascimento triste,

Refaz-se política que insiste,

Em crer no deus das posses,

A abençoar os atos atroces.

 

 

No encanto pelo deus sol,

 Poder valente em arrebol,

A noite escura de um ser,

Abriu a luz do enternecer.

 

 

 

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

FASTIDIOSOS NOTICIÁRIOS

 


Movidos por visualização,

Produzem larga sensação,

No ar de verdade objetiva,

Com a imagética televisiva.

 

Ladainhas de fatos tristes,

De interesseiros despistes,

Veiculam fortes emoções,

Para pervagar os corações.

 

Volta exaustiva aos fatos,

Com sofisticados aparatos,

Cria cenários comoventes,

Para satisfações lenientes.

 

Crimes, sangue e horror,

Bem mais que pundonor,

Atrelam as curiosidades,

Para as belas novidades.

 

A espectadores sensíveis,

Importam fatos incríveis,

De euforia entusiasmada,

Ou de raiva consternada.

 

Sem notícia alvissareira,

E longe da vida fagueira,

Exploração de ódio e dor,

Cria o clima avassalador.

 

Tudo ruim e complicado,

Cria sensação de agrado,

Para descarga impulsiva,

Da raiva com suave laiva.

 

Não despertam compaixão,

Nem motivam para a ação,

Mas hipnotizam as mentes,

Para ideias entusiasmantes.

 

Assistentes frívolos e inertes,

Satisfeitos com seus solertes,

Julgam-se sabedores de tudo,

Seguros em suposto escudo.

 

Seus heróis bem produzidos,

Levam aos sonhos induzidos,

Para consolo com devaneios,

Da perpetração dos anseios.

 

 

 

 

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

O BEM COMUM

 

 

Expressão simpática e sentimental,

Perfeita para discurso sensacional,

Some de fininha na vida concreta,

E parece a cereja no bolo da meta.

 

Verbalizada nas lindas idealizações,

Comove até os sensíveis corações,

Mas, não fica no topo do estrado,

Ante o particular foco do mercado.

 

Ali governa o interesse particular,

Para competir de forma singular,

Sob uma concepção individualista,

Que olha tudo pelo viés utilitarista.

 

Até as políticas sociais prestigiadas,

Ignoram as pessoas desprivilegiadas,

E se servem das forças de barganha,

Para locupletar membros na manha.

 

Esquecem que indivíduos dependem,

De fatores sociais e neles ascendem,

E o todo da sociedade é mais valioso,

Que particular indivíduo ganancioso.

 

A relação social também é anterior,

Ao indivíduo todo metido a superior,

E bem comum requer dom partilhado,

E não o sujeito solitário ensimesmado.

 

Na providência de condições sociais,

O bem-estar alarga ambientes gerais,

Com a essencialidade da vida cordial,

E com o efetivo amparo institucional.

 

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

TERRA SANTA

 

Proclamada como paraíso terrestre,

Não acatou qualquer lição de mestre,

E segue tenaz na velha sina adâmica,

De disputa da riqueza mesopotâmica.

 

Solidificada no lugar da árvore da vida,

Perdeu a sua capacidade enternecida,

E entusiasmou-se na função de oleira,

Para agir como onipotente guerreira.

 

A bela e rica imagem de povo santo,

Co-criador com o Deus sacrossanto,

Subsumiu ante o deus dos exércitos,

E ruiu noção de gestos beneplácitos.

 

Milenar rotina de sangrentas guerras,

Engoliu preciosas noções anti-guerras,

E entronizou fé nas sofisticadas armas,

Para ser a razão última de suas karmas.

 

Constantes conluios com os poderosos,

Propiciaram-lhe os percalços tortuosos,

De vertiginosos fracassos com derrotas,

E subumanas lidas com as bancarrotas.

 

Velha tentação adâmica persiste tenaz,

E foco no fascínio por sangue que apraz,

Realimenta ciclos do ódio e da violência,

Sem compaixão, nem sinal de clemência.

 

Prevalece DNA fenício do deus do sangue,

De matar com um esportivo bumerangue,

Pois Molloch, feliz com o sangue humano,

Exige guerra e morticínio super-humano.

 

Assim, esperança de jardim paradisíaco,

Sucumbe no processo humano maníaco,

Do incrível detrimento ao viver humano,

Com a teimosa guerra por desejo insano.

 

Berço e mãe gestora de modo inusitado,

Daquele que apresentou precioso legado,

Foi vitimado na consagração da violência,

E até usado para justificar a maledicência.

 

Na dor das incontáveis vítimas inocentes,

Não consolam esperanças benemerentes,

E nada repõe a diabólica ação nesta terra,

Para tão sufocada vida, que clama e berra.

 

Se pessoas valem menos do que minérios,

Ante paranoia de pensamentos venéreos,

A contagiar sua loucura através de armas,

Não sobra espaço para interações calmas.

 

 

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

GUERRAS

 


Tantas e largamente absurdas,

Com as táticas mais chafurdas,

Contagiam mortíferas viroses,

Sob ação de loucas escleroses.

 

Apenas um por cento dos ricos,

Com seus interesses excêntricos,

Sente-se no direito de acumular,

E matanças humanas dissimular.

 

Importam o petróleo e riquezas,

Que requerem táticas e sutilezas,

Para eliminar pessoas e os povos,

Que já valem menos do que ovos.

 

A mídia anestesia os genocídios,

E justifica os incríveis etnocídios,

Já que necessitam ser eliminados,

Pelos procedimentos condenados.

 

Uma vez legitimada esta matança,

Amplia-se a riqueza com possança,

Pois vidas humanas valem menos,

Do que posses com poderes plenos.

 

Declará-los desumanos e perigosos,

Permite combates duros e raivosos,

E libera aprovação que os elimine,

Para ostentar zelo por bela vitrine.

 

Nada duma hospitalidade fagueira,

Cheia de apreço e fala alvissareira,

Com pacata e generosa gratuidade,

Para uma elevação da humanidade.

 

Sem economia para grupos sociais,

Agem as corporações exponenciais,

Para que o bem viver seja exclusivo,

De alguns poucos no afã expansivo.

 

 

 

 

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

FRACASSO

 


Palavra negada embora evidente,

Não encontra lugar em influente,

Pois a visível e adorada profissão,

É centrada na midiática promissão.

 

Algo peculiar do corpo ou da lida,

Explora o ego e sua cotidiana lida,

Com laços afetivos e imaginários,

Para os efervescentes visionários.

 

Auge do narcisismo de nossos dias,

Adoração à imagem das estripulias,

Provoca a ascensão rápida e visível,

Com delírios e a fantasia plausível.

 

Imperativo do sucesso rápido e fácil,

Disfarça fracasso na aparência grácil,

Para ocultar a frustrada vida pessoal,

E ser adorado como êxito sensacional.

 

Mórbida performance perfeccionista,

Não libera baixar imagem de artista,

E acaba produzindo a larga violência,

Reprimida desde uma tenra infância.

 

Pais doentes por filhos superdotados,

Não admitem nem sonhos frustrados,

E superproteção para obter sucesso,

Não educa para lidar com o fracasso.

 

Nos devaneios para poder ser tudo,

Filhos criam cedo ar todo topetudo,

E desejam toda oferta consumista,

Para fazer quanto a fantasia avista.

 

Não capazes de lidar com a solidão,

Levam a vida norteada pela paixão,

Porque não suportam na vida real,

A imagem idealizada como virtual.

 

Não aguentam o êxito concorrente,

Nem respeitam com modo decente,

Pois outro não precisa ser agredido,

Tampouco vingativamente aturdido.

terça-feira, 21 de novembro de 2023

AQUI NÃO É MEU LUGAR

 


Criado em aldeia rural,

De largo cultivo floral,

Fitou cidade sedutora,

Como a luz fascinadora.

 

Adorada como paraíso,

Virou o espaço indeciso,

Para um poder atrevido,

Sob o convívio indevido.

 

Um foco de crescimento,

Sem o social sentimento,

Fica a cada dia mais rico,

E a todo dia mais futrico.

 

Gera segmentos pobres,

Com as elites de nobres,

A viver numa opulência,

Que se torna indecência.

 

 PIB crescente de poucos,

Alarga pobres amoucos,

Alimentados pelos vícios,

Sem projetos e auspícios.

 

As metralhadoras valiosas,

Sem as refeições saborosas,

Requerem a afiliação rígida,

Na guerra estúpida e frígida.

 

As mentes fixas no progresso,

Produzem humano regresso,

Da vivência sem a alteridade,

E crescente impessoalidade.

 

Já os poucos hiper-visíveis,

Criam espetáculos indizíveis,

E mapeiam largas ambições,

Para pobres sem condições.

 

O colapso do confinamento,

Vai sorvendo todo o alento,

Para a convivência cordial,

Precípua da aldeia racional.

 

No chamado bem comum,

Pilhagem sem freio algum,

Move instantâneos lucros,

E relacionamentos xucros.

 

Fracasso do êxito ilimitado,

Sob o comércio disputado,

Aumenta ódio e rivalidade,

Sem melhorar a sociedade.

 

Retorno à aldeia vira sonho,

Ante mundo urbano bisonho,

Pois aponta menos ambição,

E maior chance de interação.

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

PERIGO IMINENTE

                       

A tão venerada tecnologia,

Vive crise na sua apologia,

Porque surrupiou o poder,

E briga para não o perder.

 

No avanço das invenções,

Impõe-se sobre as nações,

Com barganhas de guerra,

E no largo lucro se aferra.

 

Nada importa governança,

Nem democrática bonança,

Mas um domínio na venda,

Da sua programada agenda.

 

Bem obcecada pela guerra,

Não liga para quem se ferra,

Mas oferece armas mortais,

Para ajuntar lucros integrais.

 

Enquanto rivais se eliminam,

Os controles se disseminam,

Reconfiguram foco de poder,

Sem sinal de se compadecer.

 

Desequilíbrio da sociedade,

É promulgado sem piedade,

E visível desastre climático,

É ignorado com ar apático.

 

Nas supostas democracias,

Eivadas de largas piratarias,

As governanças populistas,

Criam ares sensacionalistas.

 

Organismos internacionais,

Perderam seus referenciais,

E feitas vozes sem audição,

Vão morrendo de inanição.

 

 As tão horrendas guerras,

Mais do que luta de feras,

Criam ideologias do ódio,

Para um lado do repúdio.

 

Assim, grandes empresas,

Oferecem fartas surpresas,

E primam por rivalidades,

No clima de animosidades.


segunda-feira, 30 de outubro de 2023

BRIGA DE DOIS CACHORRINHOS

 


Enquanto seus ataques e mordidas,

Alargam força raivosa de investidas,

Afetam a adrenalina de assistentes,

Torcendo pelos seus lados valentes.

 

Por que os dois estariam brigando,

Com o suor e sangue se esfalfando?

Atiçados por dois cachorros grandes,

Foram feitos amoucos de suas lindes.

 

Apontam um fracasso da cachorrada,

Pois política dos fortes em derrocada,

Estimula contra genuíno elã dos cães,

Para aumentar suas táticas charlatães.

 

Produzem e nutrem horrenda guerra,

E antecipam pretensão da sua porra,

Com informações falsas e caluniosas,

E preconceitos de apelações raivosas.

 

Sob o enlace da política com guerra,

Sempre focam o outro que emperra,

Seu interesse de domínio territorial,

E alargamento de controle material.

 

Assim a morte de inimigos supostos,

Preço necessário para elevar postos,

É justificada e legitimada como justa,

Ante a cachorrada raivosa e terrorista.

 

O confronto dos pequeninos em luta,

Abastecido como ação mais impoluta,

Depende sempre de objetivo político,

A defender morte por ejo despótico.

 

Mais perversa do que luta sangrenta,

É a publicidade e insinuação birrenta,

Que é reiterada por ambição política,

E desvirtua toda convivência pacífica.

 

Para o conforto da vida de poucos,

Precisam morrer muitos amoucos,

Num altar nacionalista patriótico,

Dos que agem no poder psicótico.

 

 

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

BAJULADORES E BAJULADOS

 

 

Neste círculo abjeto e vicioso,

Cruza muito veneno perigoso,

Que muda e contagia relações,

Com falsas e ocultas intenções.

 

Faltam ouvidos para captarem,

Conversas sebosas a gorjearem,

Cantigas onduladas de lisonjas,

Enfeitadas de úmidas esponjas.

 

Os desejosos de ascensão social,

Cultivam esta tática primordial,

De exibir a máscara bajuladora,

Para interatividade mitigadora.

 

O combustível para vantagem,

Dessa procrastinada tietagem,

Enche as bocas de palavreados,

Objetivando egóticos legados.

 

Atrai bajuladores aos bajulados,

Que escondem os reais legados,

De relações sem fins genuínos,

Para prevalecerem os mufinos.

 

Geram ilusões nas autoridades,

Pois não importam idoneidades,

Mas alcançar prestígio e poder,

Num egoísta plano de ascender.

 

Na aparência toda camuflada,

Sob uma gentileza irrefutada,

Subjaz a malícia interesseira,

Para uma elevação altaneira.

 

Mecanismo de lida relacional,

Reflete couraça convencional,

De proteção de alguma crítica,

Para alçar a vantagem política.

 

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

ATRIBUIÇÕES DE CULPA

  

Cada dia mais comuns e banais,

Na narrativa de grandes jornais,

Todas visam punição ao fautor,

Para condená-lo como pecador.

 

Outro, projetado como inimigo,

Merece o ódio de arquiinimigo,

Para ser perseguido e morto,

Sem piedades e sem conforto.

 

De forma similar às lavouras,

Semeiam-se armas e tesouras,

Para perpetrar perseguições,

E aplicar perversas imposições.

 

Dos frutos do ódio cultivado,

Destila-se o delírio adoidado,

Para eliminar todo adversário,

Visto como desumano falsário.

 

Em foco deslocado no inimigo,

Não se afinar no cruel castigo,

Gera ódio e a pecha de traição,

A não coesos com perseguição.

 

Nos inauditos cultivos do ódio,

Crescem as armas com assédio,

Para corroborar as vinganças,

Com crueldades e lambanças.

 

Na guerra desumana e cruel,

Não existe lei e nem aranzel,

Porque todos são obrigados,

A defender um dos dois lados.

 

Nesta imposição toda violenta,

De larga comunicação nojenta,

Incita-se ódio a qualquer preço,

Ao imaginado réu de desapreço.

 

Para justificar abjeta violência,

De lideranças da pífia demência,

Pessoas de índole boa e cordial,

Fenecem em violência colossal.

 

 

 

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

ÓDIO ECUMÊNICO

 

Tão visível e endêmico,

O organismo sistêmico,

Toma o rumo contrário,

Do religioso itinerário.

 

Boa aposta em diálogo,

O estranho monólogo,

Não gesta entusiasmo,

No hodierno marasmo.

 

Nos fundamentalismos,

E radicais extremismos,

Religiões parindo ódio,

Proliferam no repúdio.

 

Para vencer o inimigo,

Imputam largo castigo,

E em nome dum Deus,

Sem sabores camafeus;

 

Com ódio e perseguição,

E raivosa procrastinação,

Querem eliminar inimigo,

E obriga-lo ao desabrigo.

 

Sob a voz da sua batalha,

Não submisso, é canalha,

A merecer duro inferno,

Para tempo sempiterno.

 

Ao casarem fé com fuzil,

E pregação com esmeril,

Sentem-se autorizados,

A matar estigmatizados.

 

Longe dum ecumenismo,

Cultivam sádico cinismo,

Sem visar reciprocidade,

Ou respeito à alteridade.

 

Assim o crime e religião,

Pactuam a estável união,

Contra diálogo e escuta,

Para impor a força bruta.

 

O olhar e a palavra dura,

Desprovido de candura,

Incita contra um inimigo,

Visto como pérfido imigo.

 

 

 

sábado, 14 de outubro de 2023

SUMIÇO DA SAÚDE

 

 

Enquanto glifosato impera,

Saúde piora e vira quimera,

E grandes anseios de saúde,

Desmoronam na vicissitude.

 

Sob a lógica que rege a vida,

Na dureza da cotidiana lida,

Já exacerbada por trabalho,

A saúde vira um frangalho.

 

Lenitivos para evitar a dor,

Viram outro maléfico feitor,

Para contornar o cotidiano,

Com analgésico draconiano.

 

Vasta indústria do remendo,

Produz remédio estupendo,

Para consumo dependente,

Mas sem o efeito emoliente.

 

Assim, consumo de remédio,

Produz um deplorável tédio,

Para dependência alienante,

Que assegura dor lancinante.

 

Quando sonho de lar e filhos,

Força todos em rígidos trilhos,

Com sobrecarga de atividades,

Somem sonhos de felicidades.

 

Entre saudosismo do desejado,

E um cotidiano todo prensado,

O remédio para suportar a dor,

Vai apagando até o pundonor.

 

Sobra a vida de pais sofridos,

Com os filhos nada queridos,

Nem acalantados pela oferta,

Que insinua a aquisição certa.

 

Sufoco no acúmulo supérfluo,

Envenena o quadro venífluo,

E adoece sistemas do corpo,

Sem imunologia de anticorpo.

<center>ERA DIGITAL E DESCARTABILIDADE</center>

    Criativa e super-rápida na inovação, A era digital facilita a vida e a ação, Mas enfraquece relacionamentos, E produz humanos em...