sábado, 14 de outubro de 2023

SUMIÇO DA SAÚDE

 

 

Enquanto glifosato impera,

Saúde piora e vira quimera,

E grandes anseios de saúde,

Desmoronam na vicissitude.

 

Sob a lógica que rege a vida,

Na dureza da cotidiana lida,

Já exacerbada por trabalho,

A saúde vira um frangalho.

 

Lenitivos para evitar a dor,

Viram outro maléfico feitor,

Para contornar o cotidiano,

Com analgésico draconiano.

 

Vasta indústria do remendo,

Produz remédio estupendo,

Para consumo dependente,

Mas sem o efeito emoliente.

 

Assim, consumo de remédio,

Produz um deplorável tédio,

Para dependência alienante,

Que assegura dor lancinante.

 

Quando sonho de lar e filhos,

Força todos em rígidos trilhos,

Com sobrecarga de atividades,

Somem sonhos de felicidades.

 

Entre saudosismo do desejado,

E um cotidiano todo prensado,

O remédio para suportar a dor,

Vai apagando até o pundonor.

 

Sobra a vida de pais sofridos,

Com os filhos nada queridos,

Nem acalantados pela oferta,

Que insinua a aquisição certa.

 

Sufoco no acúmulo supérfluo,

Envenena o quadro venífluo,

E adoece sistemas do corpo,

Sem imunologia de anticorpo.

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