quinta-feira, 24 de março de 2022

OBSESSÃO HUMANA

 

 

Toda incrível e humana ousadia,

Revela uma queda escorregadia,

Para modernizar armas de morte,

E esnobar sob aparência de forte.

 

As guerras estrondosas e silêncios,

Gestoras de incontáveis saliêncios,

Escondem as ambições e verdades,

Para irradiar as mórbidas lealdades.

 

Produz-se a guerra de consciência,

Da perversa e hedionda demência,

E insinua-se que a lídima educação,

É a defesa contra inimigo em ação.

 

Ao se rotular alguém como inimigo,

Amplia-se o processo de anti-amigo,

Para justificar que a sua eliminação,

É requisito de paz para forte nação.

 

Já não importa desempenho por paz,

Mas a glória que a matança compraz,

Para revelar-se o meritório vencedor,

De audaz e extraordinário pundonor.

 

Quando solução violenta é enaltecida,

A educação para reatância esmaecida,

É considerada tão esdrúxula e inócua,

Sem eficácia para lealdade conspícua.

 

Sob endeusado mito do aparato militar,

Sofisticar armas e táticas para maltratar,

Significa bestializar os jovens vigorosos,

Para produzir os sofrimentos pesarosos.

 

O caduco suposto da guerra para a paz,

Já se mostrou exaustivamente ineficaz,

Para resolver problemas de fome e dor,

Advindos de fugas ante o insano terror.

 

Na produzida miragem do Estado-nação,

Mercado bélico no centro da negociação,

Absorve ônus para vida digna sem fome,

E deteriora condição cidadã de renome.

 

Se os seguidores do Mestre sem armas,

Airosos cristãos das benfazejas alarmas,

Justificam todo armamentismo bélico,

Acendem um holofote anti-evangélico.

 

 

 

 

domingo, 20 de março de 2022

FRUTOS HUMANITÁRIOS

 

 

Tão longa ancestralidade humana,

Não superou a ambição doidivana,

De desejos infindos e fanatizados,

E com vítimas para todos os lados.

 

Sem recordar as pífias crueldades,

Com as monstruosas atrocidades,

Montes de cadáveres sob a terra,

Adubam obstinações pela guerra.

 

Velho mito de combater inimigo,

Reduz o sofrimento a choramigo,

E insensibiliza ante a dor alheia,

Um mero choro de barriga cheia.

 

Traumas, perdas e desamparos,

Sob atos indiferentes e preclaros,

Evidenciam a perda de memória,

Do fracasso humano na história.

 

Nas tantas e horrendas guerras,

Movidos por domínios e terras,

Psicopatas loucos e insensíveis,

Criam vítimas por culpas risíveis.

 

Indiferentes às hediondas mortes,

Veem só o alcance de seus aportes,

Da sua primazia para a subjugação,

E da real legitimidade da sua ação.

 

Com tantos prepotentes humanos,

A gerar seguidos genocídios insanos,

O tão grandioso empenho pela paz,

Esmorece ante ódio que nada apraz.

 

A hedionda e tão abominável guerra,

Com certeza, não se evadirá da Terra,

Enquanto ocorrer a aposta nas armas,

E, educação para desumanas carmas.

 

 

 

 

<center>ERA DIGITAL E DESCARTABILIDADE</center>

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