sábado, 30 de setembro de 2023

SECTARISMOS E ABUSOS

 


A cada dia aumentam sectarismos,

Opções de pertença a organismos,

Para serem superiores que o todo,

Mas entram num fanático engodo.

 

Os novos e simpáticos movimentos,

Com a persuasão para bons alentos,

Sob os seus fundadores narcisistas,

Caem nos cenários sensacionalistas.

 

Em suas movimentações suntuosas,

Escondem patologias voluptuosas,

E ímpetos para sucesso grandioso,

Dum imaginado ideal compendioso.

 

Tendência manipuladora narcisista,

Move-os na deriva de lei extremista,

Por serem os gurus hiper-esotéricos,

E de salutares odores atmosféricos.

 

Surpreende o alto índice de abusos,

E de informações de atos exclusos,

Destes famosos líderes fundadores,

Ante a vida objetiva dos bastidores.

 

Tanta notícia de abusos espirituais,

De manipuladores com seus rituais,

Inteligentes, espertos, carismáticos,

No abuso de autoridade, idolátricos.

 

No seu ego, bem além das medidas,

Configuram-se ganas intrometidas,

Para perversos abusos das pessoas,

Subjugadas com eloquências boas.

 

Na exploração de práticas marianas,

A rigidez de regras pouco humanas,

Sobrecarrega com tarefas e serviços,

Mas cria muitos conflitos e rebuliços.

 

Obsessão por sucesso deslumbrante,

Gera noutros um processo frustrante,

Da submissão cega a ineptas ordens,

Com supostas e benéficas miragens.

 

Discípulos adoradores subjugados,

Com facilidade se veem abusados,

Por poder autoritário de controle,

Que gesta o estado de descontrole.

 

Os ditos gurus em fito egocêntrico,

Primam no modo de ser excêntrico,

Exigindo gratos sinais de deferência,

Que elevem suposta benemerência.

 

Inventam nas orações carismáticas,

O itinerário das tarefas pragmáticas,

Para que cumprimentos específicos,

Assegurem seus desejos honoríficos.

 

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

PALAVRAS

 


Algumas, melodiosas e brandas,

Outras, adoráveis e venerandas,

E mais um mar de outras, falsas,

Em ondas violentas de repulsas.

 

Umas vem feridas e deglutidas,

Por dores e mágoas ressentidas,

Outras, agressivas e perspicazes,

Enleiam com ambições vorazes.

 

Distinguir as não manipuladas,

Das retas e bem-intencionadas,

Torna-se arte de interpretação,

Da difícil e objetiva apreciação.

 

Soltas em canais informáticos,

Com seus recursos acrobáticos,

Viram o material de persuasão,

Para um consumo de dissuasão.

 

Ali, como produto descartável,

No apelo de meio inimputável,

Agem para veicular a falsidade,

Duma tagarelice de iniquidade.

 

Com sentido duplo e enganoso,

Massacram de modo maldoso,

Ouvidos atentos por algo novo,

De vastidões humanas de povo.

 

Exageram, abusam e humilham,

No apelo a fatores que brilham,

Para arrastar, seduzir e induzir,

Condutas perniciosas a aduzir.

 

Camuflam o largo vazio interior,

Em fetiches de aparato exterior,

E geram mundo de indiferença,

Recheado de tédio e desavença.

 

Apreciáveis são as que refletem,

O estado de alma e arremetem,

Para a convivência integradora,

De uma humanidade redentora.

 

 

 

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

POLÍTICAS AMBIENTAIS

 

 

Terror dos múltiplos sinais,

De enchentes e temporais,

Tremores, calor e vulcões,

Ainda não afetam corações.

 

Tudo noticiado e mostrado,

Sem uma política de Estado,

Para pensar algo diferente,

Para o futuro sobrevivente.

 

A política de sobrevivência,

Sequer chegou à imanência,

Para mobilizar atos eficazes,

E pensamentos perspicazes.

 

O sinistro, visto e esquecido,

Com sentimento endurecido,

Não move nem a compaixão,

E menos ainda, inovada ação.

 

Sob um colapso já iminente,

A ambição cega e indecente,

Não vê resposta aos indícios,

Dos apavorantes malefícios.

 

O risco dos ricos é mitigado,

E o seu progresso desejado,

Segue numa rota inalterada,

Ante calamidade desandada.

 

Seguem obsessões de guerra,

E disputas em torno da Terra,

Para aumentar a acumulação,

E barganha por mais emulação.

 

Olhar coberto pela indiferença,

Concentra uma vigorosa crença,

De que os pobres e explorados,

São culpados pelos seus legados.

 

Um assunto ignorado é o da paz,

Porque a insensíveis muito apraz,

O progresso acumulativo de bens,

E garantia de especiais vantagens.

 

Nada importa o clamor da Terra,

Que ela já não suporta a guerra,

E doentia destruição da natureza,

Com tamanha ambição e crueza.

 

terça-feira, 19 de setembro de 2023

OBSESSÃO POR CRESCIMENTO

 


 

Como criança que quer ser grande,

A ambição do humano se expande,

Da forma mais doentia e obstinada,

De motivação cultural determinada.

 

Parece que o único neurônio ativado,

Ocupa o cérebro humano adoentado,

Para pensar o trabalho e crescimento,

Como únicos plenificadores de alento.

 

Exauridos e estressados pelo trabalho,

Suas existências feitas num frangalho,

Ainda teimam no modelo econômico,

Que os deixa em estado manicômico.

 

O dever ampliar lucros e dividendos,

Fito central para ganhos estupendos,

Move políticas e oligopólios ferrados,

Para crescer com os ânimos acirrados.

 

Aumentar as montanhas de acúmulo,

É fé apregoada com grande estímulo,

Para a felicidade eterna e onipotente,

Do ser humano poderoso e contente.

 

Sequer veem caótico desastre gerado,

Com guerras e o armamento pesado,

Para aumentar e adorar crescimento,

Como supremo troféu de provimento.

 

O milenar fato de Caim matando Abel,

Repetido na histórica Torre de Babel,

Acaba perfazendo cotidiano perverso,

De quem não se ajeita com o reverso.

 

Para que mórbida paixão por crescer?

Como indígenas que centralizam ócio,

E nada acumulam para fazer negócio,

Não teríamos elevação do enternecer?

 

Consumo menor, apenas o necessário,

Permitiria um conviver menos solitário,

Com mais saúde vinda de ecossistemas,

E paradigma de inusitados estratagemas:

 

Sem publicidades falsas e enganadoras,

Sem gasto de energias não renovadoras,

Sem guerra estúpida por mais acúmulo,

Sem morte da Terra por simples êmulo.

 

Mudar a cabeça dos ricos acumuladores,

Tão devassos em processos destruidores,

Permitiria sonhar com a convivialidade,

Premente para o futuro da humanidade.

 

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

APOSTA NO PROGRESSO TECNOLÓGICO

 

 

Acima das crenças religiosas,

Só crê em ações prodigiosas,

Oriundas duma nova ordem,

Para eliminar toda desordem.

 

Manda a ordem do progresso,

De um objetivo bem expresso,

De que tecnologia ajeita tudo,

Com crescimento mais agudo.

 

Sob o falso paraíso projetado,

Vivemos o doloroso resultado:

Quase toda água contaminada,

E a biodiversidade degradada;

 

Clima radicalmente alterado,

Tanto humano depauperado,

Queimada e fogo indomável,

Enchente e virose inevitável;

 

Terremotos tão arrasadores,

E os furacões devastadores,

Apontam larga falta de juízo,

Neste irrecuperável prejuízo.

 

Foco doentio do pensamento,

Alegado como o único alento,

Focou a exploração da Terra,

E biodiversidade que encerra.

 

Ao pensar que seria ilimitada,

Hominídia ambição atordoada,

Execrou ecossistemas do solo,

Proliferou fissuras no subsolo.

 

Alterou as emissões dos gases,

E mentiu com as falas loquazes,

De oferecer felicidade iminente,

Pra deixar todo mundo contente.

 

Agora, no descontentamento,

Precisamos salvar o alimento,

Moderar ambicioso consumo,

Dar à vida um inusitado rumo.

 

Será preciso degradar menos,

Tornar-nos humildes ecúmenos,

Para o novo jeito na sociedade,

Com desvelo à antiga saudade.

 

terça-feira, 12 de setembro de 2023

DESVELO PELA MÃE TERRA

 

 

Nem ação de gratas sentinelas,

E sem vanguardas de tramelas,

Desvelo pela mãe Terra sumiu,

E ela, toda machucada, fremiu:

 

Contorcionismo das suas dores,

Regurgita entranhas de pavores,

Nem assim consegue convencer,

E a ambição humana enternecer.

 

Com seu forte e explícito clamor,

Direcionado ao humano torpor,

Não sensibiliza o elã petrificado,

Do vil Homo Sapiens obcecado.

 

No jogo voraz sobre os espólios,

Querem Terra para monopólios,

Mas ela, já machucada e ferida,

Sinaliza que está sendo abatida:

 

Já não controla secas violentas,

Nem as chuvas com tormentas,

Ou furacões fortes e tornados,

Sequer calor e dias escaldados.

 

Os ventos todo desequilibrados,

Estragam para quaisquer lados,

E cidades à beira dos belos rios,

Sofrem enchentes com arrepios.

 

Elevação do nível dos oceanos,

Apavora desbravadores ufanos,

E na acidificação de suas águas,

Deixa muitas condições árduas.

 

Nos golpes de desmatamentos,

Rareiam necessários proventos,

Da produção agrícola saudável,

E um equilíbrio biodegradável.

 

Secam os fluxos de rios aéreos,

Crescem ambientes deletérios;

Sem fruir ricos ecossistemas,

Morre Mãe Terra dos sistemas.

 

DESVELO PELA MÃE TERRA

 

 

Nem ação de gratas sentinelas,

E sem vanguardas de tramelas,

Desvelo pela mãe Terra sumiu,

E ela, toda machucada, fremiu:

 

Contorcionismo das suas dores,

Regurgita entranhas de pavores,

Nem assim consegue convencer,

E a ambição humana enternecer.

 

No seu forte e explícito clamor,

Direcionado ao humano torpor,

Não sensibiliza elã petrificado,

Do vil Homo Sapiens obcecado.

 

No jogo voraz sobre os espólios,

Querem Terra para monopólios,

Mas ela, já machucada e ferida,

Sinaliza que está sendo abatida:

 

Já não controla secas violentas,

Nem as chuvas com tormentas,

Ou furacões fortes e tornados,

Sequer calor e dias escaldados.

 

Os ventos todo desequilibrados,

Estragam para quaisquer lados,

E cidades à beira dos belos rios,

Sofrem enchentes com arrepios.

 

Elevação do nível dos oceanos,

Apavora desbravadores ufanos,

E na acidificação de suas águas,

Deixa muitas condições árduas.

 

Nos golpes de desmatamentos,

Rareiam necessários proventos,

Da produção agrícola saudável,

E um equilíbrio biodegradável.

 

Secam os fluxos de rios aéreos,

Crescem ambientes deletérios;

Sem fruir os ricos ecossistemas,

Morre a Mãe Terra dos sistemas.

 

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

VIANDANTES EXPLORADORES

 

  

Visão obcecada pelo chamativo,

Move largo senso acumulativo,

Para adquirir o bonito e valioso,

Em razão de acúmulo pomposo.

 

Viandantes agitados se cruzam,

E em todos os espaços abusam,

Encantados pelo mercantilismo,

E afoitos pelo patrimonialismo.

 

Acham-se tão acima da natureza,

Livres para violá-la com crueza,

E pior, um país explora outros,

Irresponsável ante os sinistros.

 

Relação doente com a natureza,

Força seres humanos à pobreza,

Para aumentar larga ostentação,

E processo de ruidosa destruição.

 

Subestimam os abusivos estragos,

Cegados e cheios de rótulos vagos,

Para não enxergar riscos no futuro,

Nem repartir algo do seu monturo.

 

Já não veem a árvore encantadora,

Mas a chance mercantil adoradora,

Para empanturrar-se com festança,

E esnobar ostentação na lambança.

 

Acham-se dominadores do mundo,

E não anteveem o futuro iracundo,

Porque metas do sono da política,

Subsumiram vazias na Lei acrítica.

 

Não aprenderam a ler nos sinais,

Efeitos das suas fichas criminais,

E lavam as mãos como inocentes,

Ante os ecossistemas padecentes.

 

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

NA ROTA DESTRUIDORA

 


Voracidade acumuladora,

Feita ordem destruidora,

Segue teimosa e apática,

Ante alteração climática.

 

Obstinada e cruel guerra,

Atinge vítimas e a Terra,

E mata seres inocentes,

Com táticas negligentes.

 

As vítimas são ignoradas,

E as migrações forçadas,

Não encontram amparo,

E nem gestos de reparo.

 

A aniquilada natureza,

Golpeada na inteireza,

Revida numa vingança,

Mais cruel na matança.

 

Ritmo climático ferido,

Faz planeta denegrido,

Já gemendo no torpor,

Causar à vida, estupor.

 

Sem o sinal de perdão,

O planeta sem condão,

Agride mais que armas,

De guerreiros palermas.

 

A cega visão de desfrute,

Já leva um duro nocaute,

E teima num desrespeito,

De irresponsável despeito.

 

A guerra com sua sequela,

É falso latido de sentinela,

De outra crença religiosa:

A econômica prodigiosa.

 

Despeito à biodiversidade,

Na adorada pomposidade,

Gera multidões excluídas,

E terras super-denegridas.

 

<center>ERA DIGITAL E DESCARTABILIDADE</center>

    Criativa e super-rápida na inovação, A era digital facilita a vida e a ação, Mas enfraquece relacionamentos, E produz humanos em...