Algumas, melodiosas e brandas,
Outras, adoráveis e venerandas,
E mais um mar de outras, falsas,
Em ondas violentas de repulsas.
Umas vem feridas e deglutidas,
Por dores e mágoas ressentidas,
Outras, agressivas e perspicazes,
Enleiam com ambições vorazes.
Distinguir as não manipuladas,
Das retas e bem-intencionadas,
Torna-se arte de interpretação,
Da difícil e objetiva apreciação.
Soltas em canais informáticos,
Com seus recursos acrobáticos,
Viram o material de persuasão,
Para um consumo de dissuasão.
Ali, como produto descartável,
No apelo de meio inimputável,
Agem para veicular a falsidade,
Duma tagarelice de iniquidade.
Com sentido duplo e enganoso,
Massacram de modo maldoso,
Ouvidos atentos por algo novo,
De vastidões humanas de povo.
Exageram, abusam e humilham,
No apelo a fatores que brilham,
Para arrastar, seduzir e induzir,
Condutas perniciosas a aduzir.
Camuflam o largo vazio interior,
Em fetiches de aparato exterior,
E geram mundo de indiferença,
Recheado de tédio e desavença.
Apreciáveis são as que refletem,
O estado de alma e arremetem,
Para a convivência integradora,
De uma humanidade redentora.
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