Como criança que quer ser grande,
A ambição do humano se expande,
Da forma mais doentia e obstinada,
De motivação cultural determinada.
Parece que o único neurônio ativado,
Ocupa o cérebro humano adoentado,
Para pensar o trabalho e crescimento,
Como únicos plenificadores de alento.
Exauridos e estressados pelo trabalho,
Suas existências feitas num
frangalho,
Ainda teimam no modelo econômico,
Que os deixa em estado manicômico.
O dever ampliar lucros e dividendos,
Fito central para ganhos estupendos,
Move políticas e oligopólios
ferrados,
Para crescer com os ânimos acirrados.
Aumentar as montanhas de acúmulo,
É fé apregoada com grande estímulo,
Para a felicidade eterna e
onipotente,
Do ser humano poderoso e contente.
Sequer veem caótico desastre gerado,
Com guerras e o armamento pesado,
Para aumentar e adorar crescimento,
Como supremo troféu de provimento.
O milenar fato de Caim matando Abel,
Repetido na histórica Torre de Babel,
Acaba perfazendo cotidiano perverso,
De quem não se ajeita com o reverso.
Para que mórbida paixão por crescer?
Como indígenas que centralizam ócio,
E nada acumulam para fazer negócio,
Não teríamos elevação do enternecer?
Consumo menor, apenas o necessário,
Permitiria um conviver menos solitário,
Com mais saúde vinda de ecossistemas,
E paradigma de inusitados
estratagemas:
Sem publicidades falsas e
enganadoras,
Sem gasto de energias não
renovadoras,
Sem guerra estúpida por mais acúmulo,
Sem morte da Terra por simples êmulo.
Mudar a cabeça dos ricos
acumuladores,
Tão devassos em processos
destruidores,
Permitiria sonhar com a
convivialidade,
Premente para o futuro da humanidade.
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