terça-feira, 12 de setembro de 2023

DESVELO PELA MÃE TERRA

 

 

Nem ação de gratas sentinelas,

E sem vanguardas de tramelas,

Desvelo pela mãe Terra sumiu,

E ela, toda machucada, fremiu:

 

Contorcionismo das suas dores,

Regurgita entranhas de pavores,

Nem assim consegue convencer,

E a ambição humana enternecer.

 

Com seu forte e explícito clamor,

Direcionado ao humano torpor,

Não sensibiliza o elã petrificado,

Do vil Homo Sapiens obcecado.

 

No jogo voraz sobre os espólios,

Querem Terra para monopólios,

Mas ela, já machucada e ferida,

Sinaliza que está sendo abatida:

 

Já não controla secas violentas,

Nem as chuvas com tormentas,

Ou furacões fortes e tornados,

Sequer calor e dias escaldados.

 

Os ventos todo desequilibrados,

Estragam para quaisquer lados,

E cidades à beira dos belos rios,

Sofrem enchentes com arrepios.

 

Elevação do nível dos oceanos,

Apavora desbravadores ufanos,

E na acidificação de suas águas,

Deixa muitas condições árduas.

 

Nos golpes de desmatamentos,

Rareiam necessários proventos,

Da produção agrícola saudável,

E um equilíbrio biodegradável.

 

Secam os fluxos de rios aéreos,

Crescem ambientes deletérios;

Sem fruir ricos ecossistemas,

Morre Mãe Terra dos sistemas.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

<center>ERA DIGITAL E DESCARTABILIDADE</center>

    Criativa e super-rápida na inovação, A era digital facilita a vida e a ação, Mas enfraquece relacionamentos, E produz humanos em...