Terror dos múltiplos sinais,
De enchentes e temporais,
Tremores, calor e vulcões,
Ainda não afetam corações.
Tudo noticiado e mostrado,
Sem uma política de Estado,
Para pensar algo diferente,
Para o futuro sobrevivente.
A política de sobrevivência,
Sequer chegou à imanência,
Para mobilizar atos eficazes,
E pensamentos perspicazes.
O sinistro, visto e esquecido,
Com sentimento endurecido,
Não move nem a compaixão,
E menos ainda, inovada ação.
Sob um colapso já iminente,
A ambição cega e indecente,
Não vê resposta aos indícios,
Dos apavorantes malefícios.
O risco dos ricos é mitigado,
E o seu progresso desejado,
Segue numa rota inalterada,
Ante calamidade desandada.
Seguem obsessões de guerra,
E disputas em torno da Terra,
Para aumentar a acumulação,
E barganha por mais emulação.
Olhar coberto pela indiferença,
Concentra uma vigorosa crença,
De que os pobres e explorados,
São culpados pelos seus legados.
Um assunto ignorado é o da paz,
Porque a insensíveis muito apraz,
O progresso acumulativo de bens,
E garantia de especiais vantagens.
Nada importa o clamor da Terra,
Que ela já não suporta a guerra,
E doentia destruição da natureza,
Com tamanha ambição e crueza.
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