Acima das crenças religiosas,
Só crê em ações prodigiosas,
Oriundas duma nova ordem,
Para eliminar toda desordem.
Manda a ordem do progresso,
De um objetivo bem expresso,
De que tecnologia ajeita tudo,
Com crescimento mais agudo.
Sob o falso paraíso projetado,
Vivemos o doloroso resultado:
Quase toda água contaminada,
E a biodiversidade degradada;
Clima radicalmente alterado,
Tanto humano depauperado,
Queimada e fogo indomável,
Enchente e virose inevitável;
Terremotos tão arrasadores,
E os furacões devastadores,
Apontam larga falta de juízo,
Neste irrecuperável prejuízo.
Foco doentio do pensamento,
Alegado como o único alento,
Focou a exploração da Terra,
E biodiversidade que encerra.
Ao pensar que seria ilimitada,
Hominídia ambição atordoada,
Execrou ecossistemas do solo,
Proliferou fissuras no subsolo.
Alterou as emissões dos gases,
E mentiu com as falas loquazes,
De oferecer felicidade iminente,
Pra deixar todo mundo contente.
Agora, no descontentamento,
Precisamos salvar o alimento,
Moderar ambicioso consumo,
Dar à vida um inusitado rumo.
Será preciso degradar menos,
Tornar-nos humildes ecúmenos,
Para o novo jeito na sociedade,
Com desvelo à antiga saudade.
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