Palavra negada embora evidente,
Não encontra lugar em influente,
Pois a visível e adorada profissão,
É centrada na midiática promissão.
Algo peculiar do corpo ou da lida,
Explora o ego e sua cotidiana lida,
Com laços afetivos e imaginários,
Para os efervescentes visionários.
Auge do narcisismo de nossos dias,
Adoração à imagem das estripulias,
Provoca a ascensão rápida e visível,
Com delírios e a fantasia plausível.
Imperativo do sucesso rápido e fácil,
Disfarça fracasso na aparência
grácil,
Para ocultar a frustrada vida
pessoal,
E ser adorado como êxito sensacional.
Mórbida performance perfeccionista,
Não libera baixar imagem de artista,
E acaba produzindo a larga violência,
Reprimida desde uma tenra infância.
Pais doentes por filhos superdotados,
Não admitem nem sonhos frustrados,
E superproteção para obter sucesso,
Não educa para lidar com o fracasso.
Nos devaneios para poder ser tudo,
Filhos criam cedo ar todo topetudo,
E desejam toda oferta consumista,
Para fazer quanto a fantasia avista.
Não capazes de lidar com a solidão,
Levam a vida norteada pela paixão,
Porque não suportam na vida real,
A imagem idealizada como virtual.
Não aguentam o êxito concorrente,
Nem respeitam com modo decente,
Pois outro não precisa ser agredido,
Tampouco vingativamente aturdido.