Criado em aldeia rural,
De largo cultivo floral,
Fitou cidade sedutora,
Como a luz fascinadora.
Adorada como paraíso,
Virou o espaço indeciso,
Para um poder atrevido,
Sob o convívio indevido.
Um foco de crescimento,
Sem o social sentimento,
Fica a cada dia mais rico,
E a todo dia mais futrico.
Gera segmentos pobres,
Com as elites de nobres,
A viver numa opulência,
Que se torna indecência.
PIB crescente de poucos,
Alarga pobres amoucos,
Alimentados pelos vícios,
Sem projetos e auspícios.
As metralhadoras valiosas,
Sem as refeições saborosas,
Requerem a afiliação rígida,
Na guerra estúpida e frígida.
As mentes fixas no progresso,
Produzem humano regresso,
Da vivência sem a alteridade,
E crescente impessoalidade.
Já os poucos hiper-visíveis,
Criam espetáculos indizíveis,
E mapeiam largas ambições,
Para pobres sem condições.
O colapso do confinamento,
Vai sorvendo todo o alento,
Para a convivência cordial,
Precípua da aldeia racional.
No chamado bem comum,
Pilhagem sem freio algum,
Move instantâneos lucros,
E relacionamentos xucros.
Fracasso do êxito ilimitado,
Sob o comércio disputado,
Aumenta ódio e rivalidade,
Sem melhorar a sociedade.
Retorno à aldeia vira sonho,
Ante mundo urbano bisonho,
Pois aponta menos ambição,
E maior chance de interação.
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