Característica tão marcante,
Da humana ação diletante,
A refeição enaltece a vida,
E a deixa mais enternecida.
Enquanto a fome indigna,
Por ação pouco fidedigna,
Sob a fé pela acumulação,
Alarga-se uma contradição.
Generosidade na carestia,
Gesta processo de luzidia,
Para alargar a cordialidade,
E substituir a religiosidade.
Uma multiplicação do pão,
Mais que magia de pimpão,
Aponta para solidariedade,
E seus efeitos na sociedade.
A alimentação abundante,
É ânsia humana constante,
Que alarga farta dignidade,
Para alargar a humanidade.
O pão partilhado a pobres,
Mais que sobra de nobres,
Lembra visível reviravolta,
Que produz social viravolta.
Mais do que esperar do céu,
O pão fresco que cai ao léu,
Muito sujeito rico se exime,
Nada efetua, nem se redime.
Pelo convite à fraternidade,
Ato da grande notoriedade,
De Jesus na fração de pães,
Suplantou ações charlatães.
A celebração da Eucaristia,
Quanto o pão de cada dia,
Aponta para pão material,
Duma entreajuda essencial.