Estimulados e selecionados,
Inúmeros jovens aficciondos,
Forjados sob dura depuração,
Viram funcionários da religião.
Prestam-se, então, ao avesso,
Para exercer o papel travesso,
Proposto por Jesus Nazareno,
Com vistas a um viver sereno.
Passam a viver na contradição,
Do convite para vigorosa ação,
De construção do novo Reino,
Sem pratica de rigoroso treino.
O grande obstáculo da religião,
Estratificada em seguro bastião,
Firmava o seu poder no capital,
Para engendrar segurança vital.
Um deus da sua representação,
Favorecia o controle da nação,
E assegurava uma vida segura,
Sob a dependente conjuntura.
Jesus, muito avesso da religião,
Moveu um plano de libertação,
Para desatrelar a vida do templo,
Porque dali vinha mau exemplo.
Conflito de Jesus com sacerdotes,
Sob a alteza de visíveis holofotes,
Revelou com seu novo Evangelho,
A incompatibilidade do rito velho.
Ao enfrentar homens da religião,
Jesus apontou para nova direção:
O sofrimento dos empobrecidos,
E inúmeros doentes desassistidos.
Sob título de discipulado a Jesus,
O Evangelho que deveria ser luz,
Funde-se na ratificação legalista,
De uma controladoria integrista.
Pretensos salvadores da tradição,
Asseguram a sua procrastinação,
Para centralizar o poder do pano,
Com seu status airoso e chapano.
Sob língua que ninguém entende,
E sob imagético que subentende,
Ufanam-se como bem superiores,
Aos pobres e humanos estertores.
As caudas coloridas e apavonadas,
Com suas diatribes concatenadas,
Manipulam com variados adornos,
Ocultação de vaidosos transtornos.
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