sábado, 17 de julho de 2021

HOMENS DA RELIGIÃO

 

 

Estimulados e selecionados,

Inúmeros jovens aficciondos,

Forjados sob dura depuração,

Viram funcionários da religião.

 

Prestam-se, então, ao avesso,

Para exercer o papel travesso,

Proposto por Jesus Nazareno,

Com vistas a um viver sereno.

 

Passam a viver na contradição,

Do convite para vigorosa ação,

De construção do novo Reino,

Sem pratica de rigoroso treino.

 

O grande obstáculo da religião,

Estratificada em seguro bastião,

Firmava o seu poder no capital,

Para engendrar segurança vital.

 

Um deus da sua representação,

Favorecia o controle da nação,

E assegurava uma vida segura,

Sob a dependente conjuntura.

 

Jesus, muito avesso da religião,

Moveu um plano de libertação,

Para desatrelar a vida do templo,

Porque dali vinha mau exemplo.

 

Conflito de Jesus com sacerdotes,

Sob a alteza de visíveis holofotes,

Revelou com seu novo Evangelho,

A incompatibilidade do rito velho.

 

Ao enfrentar homens da religião,

Jesus apontou para nova direção:

O sofrimento dos empobrecidos,

E inúmeros doentes desassistidos.

 

Sob título de discipulado a Jesus,

O Evangelho que deveria ser luz,

Funde-se na ratificação legalista,

De uma controladoria integrista.

 

Pretensos salvadores da tradição,

Asseguram a sua procrastinação,

Para centralizar o poder do pano,

Com seu status airoso e chapano.

 

Sob língua que ninguém entende,

E sob imagético que subentende,

Ufanam-se como bem superiores,

Aos pobres e humanos estertores.

 

As caudas coloridas e apavonadas,

Com suas diatribes concatenadas,

Manipulam com variados adornos,

Ocultação de vaidosos transtornos.

 

 

 

 

 

 

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