quarta-feira, 21 de julho de 2021

ROSTOS

 

 

Mais genuínos que mostos,

E atraentes para os gostos,

Revelam nobreza e anseios,

Com meigos e sutis meneios.

 

Expressam as singularidades,

De grandezas e das vaidades,

Mas, na ternura e compaixão,

Fruem a grandeza do coração.

 

Desnudam bons sentimentos,

E recriam nos parcos alentos,

Rumos e mundos de feições,

Para novas e precisas razões.

 

Decodificam ocultos mistérios,

Que se apresentam deletérios,

Para receber digna orientação,

E agendar inovada motivação.

 

Até sob as coloridas máscaras,

Revelam as ocultas escâncaras,

De contrariedades disfarçadas,

E das capacidades já morçadas.

 

Ao se desvelarem com desejos,

Valem-se de muitos remelejos,

Para captar sinais de agrado,

Ante seu mundo malogrado.

 

Focos para serem apreciados,

Vasculham por todos os lados,

Para olhares de consternação,

Que amenizem o seu coração.

 

Deles fluem as determinações,

Que despertam boas previsões,

Para recriarem sobre o perdido,

Um novo rumo menos aturdido.

 

Mesmo sob timidez e vergonha,

Eles explicitam ânsia medonha,

Pela consideração de respeito,

Capaz de ensejar-lhes um preito.

 

Podem revelar-se translúcidos,

Destes elevados graus plácidos,

Que expargem plenitude e paz,

O dom de vida que tanto apraz.

 

Capazes de revelar a negação,

E maldade na procrastinação,

Negam os direitos aos alheios,

Por seus mais lídimos anseios.

 

Fontes de sorrisos benfazejos,

Expressam também os pejos,

Com as tramas para a morte,

Sem um direito a outra sorte.

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