Uma nudez ocultada sob panos,
Revela muitos sinais chapanos,
De obsessão teimosa e fluente,
Duma postura nada congruente.
A visão direitista conservadora,
Tão pouco católica e inovadora,
Fixa a eclesiologia pré-conciliar,
E vive no apego cego e ingiliar.
A postura próxima da cismática,
Engalana-se para ser simpática,
Mas apenas agrega saudosistas,
Propensos a mundos narcisistas.
Ainda que alcancem certo nicho,
Para coçar seu próprio capricho,
Vivem alheios ao despojamento,
Peculiar do cristológico intento.
Na auto-proclamada sacralidade,
Exploram numa larga saciedade,
O rubricismo detalhista de atos,
Com muitos rituais e artefatos.
No latim veiculam a simbologia,
Da sua função de divina magia,
Endeusando vestimenta brega,
Que pouco cristianismo agrega.
No aparente limbo de santidade,
O seu imagético de ambiguidade,
Valoriza a veste mais que missão,
Do agir que deveria mover a ação.
Como figurinos de palco clerical,
Insensíveis à moda comum geral,
Enchem-se de velhas bricolagens,
Para brilharem com as roupagens.
Nos aparatos brilhantes e vistosos,
Afiguram-se a papagaios fastosos,
Que repetem algumas gracinhas,
E distraem com suas garochinhas.
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