O amargo efeito da pandemia,
Trouxe o que ninguém queria:
Trapalhadas de governantes,
E tantas ordens discrepantes.
Além das perdas tão amigas,
Medos, incertezas e fadigas,
Gestaram vasto desconforto,
E pouco sinal de reconforto.
O entristecimento dilatado,
Ficou visível por todo lado;
Alimentou horríveis medos,
Dos axiomáticos arremedos.
O isolamento quebrou elos,
E trouxe psíquicos flagelos,
Para a normalidade da vida,
Que ficou toda ensandecida.
Com as perdas de trabalho,
A segurança virou frangalho;
E bons projetos acalantados,
Acabaram bem descordados.
A sobrecarga com enfermos,
Propiciou sob duros termos,
A condução tão indesejada,
Para a depressão desandada.
Perda de amigos e familiares,
Feriu ambientes domiciliares,
Com solidão tão dissimulada,
E a perturbação encabulada.
Hábitos sedentários agravados,
Produziram inegáveis legados,
Nas visualizações das telinhas,
Com as depressivas entrelinhas.
Com informações exaustivas,
Reataram-se obsessões ativas,
De pânicos e medo da morte,
Como único e evidente aporte.
Neste abalo da saúde psíquica,
A reservada vida intrapsíquica,
Virou área de ação tumultuada,
Para ansiedade descontrolada.
A solidária presença empática,
Tornou-se força emblemática,
Para ressurgimento da cinza,
Na superação do ar ranzinza.
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