terça-feira, 6 de julho de 2021

ABALO EMOCIONAL

 

 

O amargo efeito da pandemia,

Trouxe o que ninguém queria:

Trapalhadas de governantes,

E tantas ordens discrepantes.

 

Além das perdas tão amigas,

Medos, incertezas e fadigas,

Gestaram vasto desconforto,

E pouco sinal de reconforto.

 

O entristecimento dilatado,

Ficou visível por todo lado;

Alimentou horríveis medos,

Dos axiomáticos arremedos.

 

O isolamento quebrou elos,

E trouxe psíquicos flagelos,

Para a normalidade da vida,

Que ficou toda ensandecida.

 

Com as perdas de trabalho,

A segurança virou frangalho;

E bons projetos acalantados,

Acabaram bem descordados.

 

A sobrecarga com enfermos,

Propiciou sob duros termos,

A condução tão indesejada,

Para a depressão desandada.

 

Perda de amigos e familiares,

Feriu ambientes domiciliares,

Com solidão tão dissimulada,

E a perturbação encabulada.

 

Hábitos sedentários agravados,

Produziram inegáveis legados,

Nas visualizações das telinhas,

Com as depressivas entrelinhas.

 

Com informações exaustivas,

Reataram-se obsessões ativas,

De pânicos e medo da morte,

Como único e evidente aporte.

 

Neste abalo da saúde psíquica,

A reservada vida intrapsíquica,

Virou área de ação tumultuada,

Para ansiedade descontrolada.

 

A solidária presença empática,

Tornou-se força emblemática,

Para ressurgimento da cinza,

Na superação do ar ranzinza.

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