quarta-feira, 14 de abril de 2021

BRUTALIZAÇÃO EMOCIONAL

 

 

Na despedida tão dolorosa,

Com a endêmica polvorosa,

Da pandemia ameaçadora,

Some a palavra alentadora.

 

A repressão do sofrimento,

Amplia dolorido tormento,

Da insegurança econômica,

Na politicagem anacrônica.

 

Se os mandantes da nação,

Teimam na procrastinação,

De forjar inimigos mortais,

Sequer sobram súditos leais.

 

Na perseguição ao inimigo,

Rompe-se o vínculo amigo,

Com ofensivas de ameaça,

Movida por muita pirraça.

 

Grande quantia de mortes,

Já não sensibiliza aportes,

Para zelar pela vida alheia,

De quem por saúde tateia.

 

A mídia se ocupa do trágico,

Repetindo tom verborrágico,

Que explora a emoção triste,

Como um meio de despiste.

 

Repete um fato à exaustão,

Para causar coletiva emoção,

Mas endurece o sentimento,

E vulgariza todo sofrimento.

 

Alguém decretado inimigo,

Vira perigoso arqui-inimigo,

Que precisa ser dominado,

Ou literalmente eliminado.

 

Embrutecimento emotivo,

Oferece constante motivo,

Para a sádica perseguição,

E humilhante destituição.

 

Sob a emoção dura e rígida,

Dor alheia é apenas frígida,

E ignóbil para ser ignorada,

E fútil para ser considerada.

 

 

 

<center>ERA DIGITAL E DESCARTABILIDADE</center>

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