Vetusta condenação da vaidade,
Esqueceu praxe da religiosidade,
E entrou no âmago dos púlpitos,
Relegando vestuários decrépitos.
Na onda firme do consumismo,
O reforço do antropocentrismo,
Aponta para o paraíso de orgias,
No lugar das rotineiras liturgias.
A frivolidade diante do possível,
Já não se anima com o indizível,
E desloca a adoração à imagem,
Do corpo esbelto para miragem.
Assim, a vaidade move arautos,
E encanta muitos fiéis incautos,
Para vestes e belos ornamentos,
Como baluarte dos sacramentos.
Na efemeridade das novidades,
Exploração das peculiaridades,
De rendas e vestes chamativas,
Aufere honras e prerrogativas.
Apesar das atenções pelo fútil,
A manobra da vaidade versátil,
Invade as boas mentes alheias,
De recheios para pobres ceias.
Tentação do falar de si mesmo,
Eleva diuturnamente o abismo,
Do serviço ministerial na Igreja,
Com o que a religião bosqueja.
Somem até virtudes humanas,
E alertas para atitudes insanas,
Pois, o jardim do Éden visado,
´Visa obter séquito com legado.