Sobre a corda-bamba dos alentos,
Tão solta sobre discursos violentos,
O mecanismo da auto-defesa pede,
Passo rápido sobre o que se mede.
Os vetustos sonhos de fraternidade,
Bem augurados para toda sociedade,
Vão ruindo sem a vara do equilíbrio,
E não superam difundido opróbrio.
Relativização de hábitos e costumes,
Vira arma traiçoeira de dois gumes,
Pois, em seu lugar insinua violência,
Sem compaixão e sem a clemência.
Na agressiva forma de impor leis,
Sobre as inseguras e sedentas greis,
Apela-se a bons costumes antigos,
Para justificar combate a inimigos.
Em nome de entidades superiores,
Praticam-se verdadeiros horrores,
Sob uma excelsa e religiosa crença,
Sem amainar espalhada desavença.
Afronta-se o insubmisso e diferente,
Com trato de desprezo irreverente,
Para que se submeta a uma ordem,
Oriunda de inapropriada desordem.
Tão poucas vozes animam no rol,
Para ultrapassar nocivo besteirol,
De ensinamentos auto-gestados,
Visando ibope por todos os lados.
Adoração da própria personalidade,
Gesta encenação teatral à saciedade,
Mas em nada melhora a convivência,
E nem a postura da lídima decência.
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