Velho sonho de povos semitas,
Perpetua frustrações malditas,
Em tempos de larga produção,
Tidos como o auge da evolução.
Como entender tanto alimento,
E seu agudo sumiço no sustento,
Do lar de 50 milhões de pessoas,
Latinoamericanas de lidas boas?
Ajudam a produzir o alimento,
Que sacia em quinze por cento,
O consumo de todo o planeta,
Sem obter refeição completa.
Reféns do oligopólio lucrativo,
Veem sumir o sonho paliativo,
Da dignidade do seu trabalho,
Sem a condição de frangalho.
Suas moedas valem tão pouco,
Ante processo frenético e louco,
Por lucros espantosos e visíveis,
De impérios ricos e insensíveis.
Ao venderem oitenta por cento,
Do suado fruto do seu provento,
Só podem continuar esfaimados,
E seus sonhos de pão, dizimados.
Desiguais no alimento produzido,
Com inflação do salário adquirido,
Veem corroído o desejo de fartura,
E sobra apenas ignóbil desventura.
O dinheiro para armas de morte,
Daria comida farta de toda sorte,
Para todos os viventes do planeta,
Sem denegrida súplica de gorjeta.
A desigualdade social justificada,
Nada pensa em ficar desarmada,
Para larga acumulação e defesa,
Explorando a multidão indefesa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário