segunda-feira, 17 de abril de 2023

FARTURA DE PÃO

 

 

Velho sonho de povos semitas,

Perpetua frustrações malditas,

Em tempos de larga produção,

Tidos como o auge da evolução.

 

Como entender tanto alimento,

E seu agudo sumiço no sustento,

Do lar de 50 milhões de pessoas,

Latinoamericanas de lidas boas?

 

Ajudam a produzir o alimento,

Que sacia em quinze por cento,

O consumo de todo o planeta,

Sem obter refeição completa.

 

Reféns do oligopólio lucrativo,

Veem sumir o sonho paliativo,

Da dignidade do seu trabalho,

Sem a condição de frangalho.

 

Suas moedas valem tão pouco,

Ante processo frenético e louco,

Por lucros espantosos e visíveis,

De impérios ricos e insensíveis.

 

Ao venderem oitenta por cento,

Do suado fruto do seu provento,

Só podem continuar esfaimados,

E seus sonhos de pão, dizimados.

 

Desiguais no alimento produzido,

Com inflação do salário adquirido,

Veem corroído o desejo de fartura,

E sobra apenas ignóbil desventura.

 

O dinheiro para armas de morte,

Daria comida farta de toda sorte,

Para todos os viventes do planeta,

Sem denegrida súplica de gorjeta.

 

A desigualdade social justificada,

Nada pensa em ficar desarmada,

Para larga acumulação e defesa,

Explorando a multidão indefesa.

 

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