quinta-feira, 20 de abril de 2023

VAIDADES

 

 

Vetusta condenação da vaidade,

Esqueceu praxe da religiosidade,

E entrou no âmago dos púlpitos,

Relegando vestuários decrépitos.

 

Na onda firme do consumismo,

O reforço do antropocentrismo,

Aponta para o paraíso de orgias,

No lugar das rotineiras liturgias.

 

A frivolidade diante do possível,

Já não se anima com o indizível,

E desloca a adoração à imagem,

Do corpo esbelto para miragem.

 

Assim, a vaidade move arautos,

E encanta muitos fiéis incautos,

Para vestes e belos ornamentos,

Como baluarte dos sacramentos.

 

Na efemeridade das novidades,

Exploração das peculiaridades,

De rendas e vestes chamativas,

Aufere honras e prerrogativas.

 

Apesar das atenções pelo fútil,

A manobra da vaidade versátil,

Invade as boas mentes alheias,

De recheios para pobres ceias.

 

Tentação do falar de si mesmo,

Eleva diuturnamente o abismo,

Do serviço ministerial na Igreja,

Com o que a religião bosqueja.

 

Somem até virtudes humanas,

E alertas para atitudes insanas,

Pois, o jardim do Éden visado,

´Visa obter séquito com legado.

 

 

 

 

 

 

 

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