Tanta celebração litúrgica,
Imita a obra dramatúrgica,
E faz de fatos celebrativos,
Atos nada comemorativos.
No jogo de representação,
Sob a máscara de imitação,
O exercício do rito religioso,
Aparenta um agir prodigioso.
Num papel teatral encenado,
Persuasão com falso legado,
Identifica a função exercida,
Com a autoridade merecida.
Na alteza do poder decisório,
Importa ser visível ostensório,
Para fruir simpatias e elogios,
Com sutis e hipócritas desvios.
Interessa a ascendente posição,
De largo prestígio e gratificação,
Visando superioridade farisaica,
Que assegure a garantia arcaica.
Legitimado o poder dominador,
Para garantir um lugar superior,
O lisonjeio da vida confortável,
Leva a fingir postura admirável.
No mascarado rigor do poder,
Com apelos ao divino querer,
Executa-se o agir monocrático,
Para amplo espectro midiático.
O rigor nas etiquetas litúrgicas,
Para belas cenas dramatúrgicas,
Disfarça no interesse precípuo,
Ar benevolente nada conspícuo.
Distante da autenticidade real,
Importa o alcance sensacional,
Do foco para cargos e honras,
Mais do que para ações ternas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário