terça-feira, 16 de maio de 2023

ETNOCENTRISMO DESMEDIDO

 

 

Sob a maior religião mundial,

Hiper-gananciosa excomunal,

O sistema capitalista venera,

A acumulação feita quimera.

 

Foca o paraíso do progresso,

Desenvolvimento de sucesso,

Sem dimensionar teias vitais,

Que produzem seus capitais.

 

O etnocentrismo desmedido,

Relega não humano agredido,

E que antecipa fim destruidor,

Deste seu processo devastador.

 

Não vê o peculiar da natureza,

Que coopera em linda sutileza,

E não se move por competição,

E nem pela afoita acumulação.

 

A matança de mundo de seres,

Descaso com humanos saberes,

Na doentia e pragmática cobiça,

Elimina sem respeito da justiça.

 

Esta religião funesta, monstruosa,

Esqueceu a ancestralidade viçosa,

Da sacralidade desta nossa terra,

Que na contínua dor, tanto berra.

 

A velha e imprópria leitura bíblica,

De controlar e dominar, é pública,

E ignora a anterioridade da Terra,

E a vasta cooperação que encerra.

 

Tantas teias de fungos e plantas,

De seres e relações sacrossantas,

Anseiam ação e teologia atuante,

Para redimir este trato aviltante.

 

A arrogante visão entnocêntrica,

Relegou orientação geocêntrica,

De colaboração com a natureza,

E partilha da sua nobre gentileza.

 

 

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