Sob a maior religião mundial,
Hiper-gananciosa excomunal,
O sistema capitalista venera,
A acumulação feita quimera.
Foca o paraíso do progresso,
Desenvolvimento de sucesso,
Sem dimensionar teias vitais,
Que produzem seus capitais.
O etnocentrismo desmedido,
Relega não humano agredido,
E que antecipa fim destruidor,
Deste seu processo devastador.
Não vê o peculiar da natureza,
Que coopera em linda sutileza,
E não se move por competição,
E nem pela afoita acumulação.
A matança de mundo de seres,
Descaso com humanos saberes,
Na doentia e pragmática cobiça,
Elimina sem respeito da justiça.
Esta religião funesta, monstruosa,
Esqueceu a ancestralidade viçosa,
Da sacralidade desta nossa terra,
Que na contínua dor, tanto berra.
A velha e imprópria leitura bíblica,
De controlar e dominar, é pública,
E ignora a anterioridade da Terra,
E a vasta cooperação que encerra.
Tantas teias de fungos e plantas,
De seres e relações sacrossantas,
Anseiam ação e teologia atuante,
Para redimir este trato aviltante.
A arrogante visão entnocêntrica,
Relegou orientação geocêntrica,
De colaboração com a natureza,
E partilha da sua nobre gentileza.
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