Embora não mobilize pesadelos,
Está eivado de urgentes anelos,
Para que humanos ambiciosos,
Deixem de ser tão gananciosos.
Sua tímida abertura à ecologia,
Possa faze-los sair da patologia,
Que degrada na vasta natureza,
A condição da humana inteireza.
Interpretação fundamentalista,
Do perverso sistema capitalista,
Não combina com eco-sistemas,
Nem com os bons estratagemas.
Sob a democracia tão discursada,
Reina a imperialista luta abusada,
Que degenera no cosmos da vida,
Possível convivência ensandecida.
Na inocuidade o velho paradigma,
Foca o obsoleto e caduco estigma,
De que só um sistema social é bom,
E impinge o seu pressuposto dom.
Sem o interesse pela casa comum,
A Terra não aporta a lugar nenhum,
E o protelado paraíso dos humanos,
Faz perecer no rol dos desenganos.
Assim sonho com respeito na política,
Para não reinar a fanatização
acrítica,
E que o conceito de amor com alegria,
Instaure um mundo de mais empatia.
Na sensibilidade aos marginalizados,
Possam curtir-se inusitados legados,
De bom-senso diante das diferenças,
Com caridade e partilha das crenças.
Toda a atenção voltada às periferias,
Termine com as histéricas grosserias,
De quem chaveia o rol dos seus bens,
No poder do deus dos seus armazéns.
Longe de heróis paranoicos e
exóticos,
Possam reativar-se sistemas bióticos,
A colaborar com a condição humana,
Sem esta pervertida cultura sacana.
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