Pisando nas ruínas do lixo,
Com tanto doente bicho,
Relegado ao léu da sorte,
Anula-se todo bom aporte:
O crescimento estimulado,
Para tirar do solo o legado,
De uma riqueza acumulada,
Está numa ruína desandada.
Exaurir terra como religião,
Tornou-se a maior adoração,
Da raça humana decadente,
Deslumbrada por excedente.
O desastre sócio-econômico,
De acúmulo nada encômico,
Aumenta e explora a Terra,
E a envenena com a guerra.
Doente ambição de acúmulo,
Torna-se um central estímulo,
Para extorquir em toda Terra,
A vasta riqueza que encerra.
Aumento de pobres e famintos,
Acuados em precários recintos,
Escancara a tragédia humana,
E de modo ingente desengana.
As autoridades interesseiras,
Em suas explícitas baboseiras,
Facilitam às elites insensíveis,
Juntar de modos inadmissíveis.
Nas queimadas pelo latifúndio,
A terra sofre com o vilipêndio,
E, ante genocídios indefesos,
Os eco-sistemas morrem tesos.
Na estúpida fala progressista,
Obsoleta na busca narcisista,
Eucalipto vale mais que gente,
Que relegada, some indigente.
Os seres caçulas da mãe Terra,
Seduzem-na com dura guerra,
E ela já exausta e semimorta,
Os ingere sem bens, sem horta.
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