quinta-feira, 20 de abril de 2023

LAZER ESPOLIANTE

 

 

Com tanto pesque-e-pague,

Nada que melhor propague,

Uma felicidade consumista,

Para a expectativa otimista.

 

Ser feliz ao visitar lugares,

De todo tipo e patamares,

Sonho tão bom e agregado,

Tem o preço a ser quitado.

 

Preços e desejos forjados,

Gostos a serem manjados,

Cativantes da publicidade,

Reagem na subjetividade.

 

Formam os imperativos,

De necessários lenitivos,

Para recuperar energias,

E recriar novas sinergias.

 

A voz firme do mercado,

Deixa todo vilipendiado,

Ao atrelamento do lazer,

Vasto consumo de prazer.

 

O pragmatismo reinante,

Convida a todo instante,

Para a fruição e deguste,

E esconde sutil embuste:

 

Felicidade tem alto preço,

E oculta no belo adereço,

Novas fomes de desejos,

Para infindáveis ensejos.

 

Com recheio simbólico,

O humor melancólico,

Reprimido e amealhado,

Cede ao sonho ofertado.

 

Novo produto oferecido,

Com um valor aturdido,

Desloca todos os anseios,

Para inusitados passeios.

 

 

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