Nem ação de gratas sentinelas,
E sem vanguardas de tramelas,
Desvelo pela mãe Terra sumiu,
E ela, toda machucada, fremiu:
Contorcionismo das suas dores,
Regurgita entranhas de pavores,
Nem assim consegue convencer,
E a ambição humana enternecer.
No seu forte e explícito clamor,
Direcionado ao humano torpor,
Não sensibiliza elã petrificado,
Do vil Homo Sapiens obcecado.
No jogo voraz sobre os espólios,
Querem Terra para monopólios,
Mas ela, já machucada e ferida,
Sinaliza que está sendo abatida:
Já não controla secas violentas,
Nem as chuvas com tormentas,
Ou furacões fortes e tornados,
Sequer calor e dias escaldados.
Os ventos todo desequilibrados,
Estragam para quaisquer lados,
E cidades à beira dos belos rios,
Sofrem enchentes com arrepios.
Elevação do nível dos oceanos,
Apavora desbravadores ufanos,
E na acidificação de suas águas,
Deixa muitas condições árduas.
Nos golpes de desmatamentos,
Rareiam necessários proventos,
Da produção agrícola saudável,
E um equilíbrio biodegradável.
Secam os fluxos de rios aéreos,
Crescem ambientes deletérios;
Sem fruir os ricos ecossistemas,
Morre a Mãe Terra dos sistemas.
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