quarta-feira, 11 de outubro de 2023

SABIÁ MALUCO

 

 

Canta maravilhosamente bem,

E junto a jacús não se abstém,

De acordar a aurora brilhante,

Numa bela sinfonia cantante.

 

Procrastina numa tara maluca,

Ao insistir em teimosa muvuca,

Na luta obstinada com sombra,

Pois, vidro da janela assombra.

 

Exaurido e esgotado, bica vidro,

Como viciado em líquido anidro,

Para eliminar o suposto inimigo,

Da mente mórbida sem testigo.

 

Obsessão por matar adversário,

Faz ver na sua sombra o otário,

A ser perseguido e afugentado,

Para ser ditador no seu reinado.

 

Movido pelo espírito de guerra,

Não quer concorrente na terra,

Para ser onipresente no espaço,

E ser dono do ambiente escasso.

 

Teria ele aprendido de humanos,

A causar sofrimentos com danos,

Aos que se configuram sombras,

Na mira das obsessivas honras?

 

Regras religiosas e ética de vida,

Tratos jurídicos e fé enternecida,

Nada dizem a mentes paranoicas,

Formatadas para guerras heroicas.

 

No inimigo suposto e declarado,

Só um procedimento é tolerado:

Que suma sem um direito à vida,

Pois Molloch quer sangue na lida.

 

 

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