Proclamada como paraíso terrestre,
Não acatou qualquer lição de mestre,
E segue tenaz na velha sina adâmica,
De disputa da riqueza mesopotâmica.
Solidificada no lugar da árvore da
vida,
Perdeu a sua capacidade enternecida,
E entusiasmou-se na função de oleira,
Para agir como onipotente guerreira.
A bela e rica imagem de povo santo,
Co-criador com o Deus sacrossanto,
Subsumiu ante o deus dos exércitos,
E ruiu noção de gestos beneplácitos.
Milenar rotina de sangrentas guerras,
Engoliu preciosas noções
anti-guerras,
E entronizou fé nas sofisticadas
armas,
Para ser a razão última de suas
karmas.
Constantes conluios com os poderosos,
Propiciaram-lhe os percalços
tortuosos,
De vertiginosos fracassos com
derrotas,
E subumanas lidas com as bancarrotas.
Velha tentação adâmica persiste tenaz,
E foco no fascínio por sangue que
apraz,
Realimenta ciclos do ódio e da
violência,
Sem compaixão, nem sinal de
clemência.
Prevalece DNA fenício do deus do
sangue,
De matar com um esportivo bumerangue,
Pois Molloch, feliz com o sangue
humano,
Exige guerra e morticínio
super-humano.
Assim, esperança de jardim
paradisíaco,
Sucumbe no processo humano maníaco,
Do incrível detrimento ao viver
humano,
Com a teimosa guerra por desejo
insano.
Berço e mãe gestora de modo
inusitado,
Daquele que apresentou precioso
legado,
Foi vitimado na consagração da
violência,
E até usado para justificar a
maledicência.
Na dor das incontáveis vítimas
inocentes,
Não consolam esperanças benemerentes,
E nada repõe a diabólica ação nesta
terra,
Para tão sufocada vida, que clama e
berra.
Se pessoas valem menos do que
minérios,
Ante paranoia de pensamentos
venéreos,
A contagiar sua loucura através de
armas,
Não sobra espaço para interações
calmas.
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