quinta-feira, 20 de maio de 2021

VEREDAS


Tão distintas das alamedas,

A ostentar as longas medas,

De espécies raras e exóticas,

Elas seguem estrambóticas.

 

Sem esta ordem moderna,

Da organização hodierna,

A vereda lembra direção,

Para a variada orientação.

 

Sem uma obsessiva lógica,

De orientação pedagógica,

Indica o rumo do caminho,

Sem uma clareza de alinho.

 

Distante do rígido concreto,

Feito suporte nobre e dileto,

O rumo de trilhas e veredas,

Não aponta feições azedas.

 

Não ostenta caixa de dejeto,

Mas escancara lixo discreto,

A incorporar-se à natureza,

De uma exuberante beleza.

 

A vereda encurta caminhos,

Sem os pisos arrumadinhos,

E se adapta bem à natureza,

Para aumentar sua inteireza.

 

As veredas fogem da rigidez,

Da tão emaranhada algidez,

Que afeta as regras sociais,

E deturpa sensos essenciais.

 

Veredas toleram o diferente,

Tão vilipendiado pela gente,

Que se move pelo controle,

De ineptos de autocontrole.

 

Veredas driblam categóricos,

Dos urbanismos meteóricos,

Que adoram asfalto e luzes,

E morrem sob os arcabuzes.

 

Sem alinhamento e prumo,

A vereda do baixo consumo,

Indica perspectiva futurista,

Tão viável quanto reta pista.

 


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