terça-feira, 13 de junho de 2023

CRISTÃO OU CATÓLICO?

 

 

Para tantos, nem um e nem outro,

Nem tampouco, algum destoutro,

E assim a força do marco cultural,

Produz deveras outro referencial.

 

Imponência da onda clericalista,

Exalta a imagética essencialista,

Para assegurar o gueto de poder,

Com a absoluta palavra a dizer.

 

Assim, a catolicidade perde o elã,

Para uma comunidade em seu afã,

A fitar evangelho de sacramento,

Como a prática do divino acalanto.

 

Já não importa promoção humana,

Mas um rigor da devoção mariana,

Sem uma catolicidade multicultural,

Que se impregne do sobrenatural.

 

Como evitar atrativo gueto sectário,

De um poder meramente arbitrário,

De obscuro procedimento de poder,

Que nada ameniza o humano sofrer?

 

Quando o Evangelho some do crente,

E da ação da comunidade descrente,

Sobra o vazio do ritualismo religioso,

Inepto para algum gesto prodigioso.

 

No rigor de atos e ritos desgastados,

Imutáveis como os únicos sagrados,

Some sabor e luz da fé na redenção,

E vigora a religiosidade da emoção.

 

Se voz rara e isolada aponta saída,

Anima a vasta expectativa sofrida,

Rigoristas querem morte precoce,

Para que sua voz jamais os acosse.

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