quinta-feira, 22 de junho de 2023

DIREITOS A DIREITOS

 

 

O som melancólico e fúnebre,

Sem apresentar um escambre,

Na pouca mata que sobrevive,

Já não aponta qualquer aclive.

 

Na ameaça a povos e sistemas,

E a seus meios de ecossistemas,

Cresce a cada dia com grilagem,

A afoita devastação de miragem.

 

Querem comer tudo no planeta,

Com mórbida e ambiciosa meta,

De lucrar com o quanto veem,

E adorar capital no qual creem.

 

Já não ecoam os apelos e gritos,

De clamores de seres proscritos,

E quem poderia ter compaixão,

Apenas pleiteia autocompaixão.

 

Na vista grosa dos espertalhões,

Só se vislumbram novos talhões,

Para empanturrar bolsos cheios,

Com os acúmulos de mais meios.

 

A metodologia de guerra sem lei,

Com a intimidação sobre a grei,

Sob a pistolagem e truculência,

Justifica toda a larga violência.

 

A impunidade histórica dos fatos,

Legitima outros e os atrozes atos,

Na obsessão fundiária agressiva,

Perante governança permissiva.

 

O poder de grupos fascistas e ricos,

Adora conflitos com vastos fuxicos,

Porque tem amparo de leis brandas,

Para isentar as indevidas demandas.

 

Assim o apreciável pulmão da terra,

Com toda a riqueza que ali prospera,

Torna-se área sem dono e hipoteca,

Para apropriação tranquila e sapeca.

 

 

 

 

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