O som melancólico e fúnebre,
Sem apresentar um escambre,
Na pouca mata que sobrevive,
Já não aponta qualquer aclive.
Na ameaça a povos e sistemas,
E a seus meios de ecossistemas,
Cresce a cada dia com grilagem,
A afoita devastação de miragem.
Querem comer tudo no planeta,
Com mórbida e ambiciosa meta,
De lucrar com o quanto veem,
E adorar capital no qual creem.
Já não ecoam os apelos e gritos,
De clamores de seres proscritos,
E quem poderia ter compaixão,
Apenas pleiteia autocompaixão.
Na vista grosa dos espertalhões,
Só se vislumbram novos talhões,
Para empanturrar bolsos cheios,
Com os acúmulos de mais meios.
A metodologia de guerra sem lei,
Com a intimidação sobre a grei,
Sob a pistolagem e truculência,
Justifica toda a larga violência.
A impunidade histórica dos fatos,
Legitima outros e os atrozes atos,
Na obsessão fundiária agressiva,
Perante governança permissiva.
O poder de grupos fascistas e ricos,
Adora conflitos com vastos fuxicos,
Porque tem amparo de leis brandas,
Para isentar as indevidas demandas.
Assim o apreciável pulmão da terra,
Com toda a riqueza que ali prospera,
Torna-se área sem dono e hipoteca,
Para apropriação tranquila e sapeca.
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