quinta-feira, 1 de junho de 2023

NO LIMIAR DA SOBREVIVÊNCIA

 


Sob a peculiaridade da violência,

A ação humana de ambivalência,

Atenta contra o suporte da vida,

E deixa toda natureza combalida.

 

O afã ganancioso de apropriar-se,

Mata sentimento para gloriar-se,

Com poder doentio por acumular,

E deixa a mediação se dissimular.

 

Avanço sobre recursos naturais,

Já afetam as interações sociais,

Para ampliar o poder de posse,

Mesmo com a duração precoce.

 

O suporte ante o abuso colossal,

Aponta o vasto precipício abissal,

Que engole planos gananciosos,

E seus procedimentos astuciosos.

 

Quando a eira do limite já visível,

Nos aponta um desfecho horrível,

Ainda se abrem tarefas salvadoras,

Mais que meras falas mitigadoras.

 

É necessário parar de desequilibrar,

Frágil processo que permite respirar,

A seres e aos ecossistemas de vida,

Para que a biodiversidade progrida.

 

Se o clima já dá sinais indicativos,

De fartos fenômenos conotativos,

Não convém poluir o ar com gases,

Nem apelar a efeito-estufa de fases.

 

Já tão poucos ecossistemas intatos,

Nos remetem a respeitos sensatos,

Para evitar hiperalteração de áreas,

E manter nobres qualidades etéreas.

 

O espantoso desrespeito às águas,

Quando águas doces já são exíguas,

Interfere em rios, arroios e nos lagos,

Com os discursos evasivos e vagos.

 

Tantos aerossóis escapam de usinas,

Automóveis e de formas assassinas,

Com carvão e derivados de petróleo,

Que sequer altera empenho hercúleo.

 

Quando saudáveis reservas aquíferas,

Somem com as ambições mortíferas,

Precária condição cardio-respiratória,

Requer mudança já e sem moratória.

 

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