sexta-feira, 30 de junho de 2023

MEDOS E SEUS ARREMEDOS

 

 

Certo grau de medos é benéfico,

Para proteger incidente maléfico;

Já os múltiplos medos de medos,

Ampliam os imaginários enredos.

 

Se a síndrome do pânico apavora,

O excesso informativo mais arvora,

A quem já acuado pela auto-defesa,

Sofre as ameaças feitas com sutileza.

 

Elas gestam os mundos fantasiosos,

A aumentar sentimentos ansiosos,

Que calam nas básicas esperanças,

Um amparo de mínimas seguranças.

 

Quando as redes espalham medos,

E mandantes vociferam torpedos,

Ameaçando serviço e estabilidade,

Sobram medos ante a iniquidade.

 

No horror de ameaças contra vida,

O migracionismo forçado da saída,

Se confronta com rejeição à etnia,

E perde as condições de cidadania.

 

Mais que medos ante o sucumbir,

E dificuldades que passam a inibir,

Um sentimento de ser descartado,

Vira fato ante insensível abastado.

 

Já não é um medo de ficar exposto,

Ou ser relegado ao desejado posto,

Mas o de sobreviver com familiares,

Diante de incompreensíveis azares.

 

Na relutância até coragem se esvai,

E a incerteza nas tentativas se vai,

Sob reino de falcatruas e ambições,

Com a ausência de básicas soluções.

 

Tantos gestos a calarem esperanças,

Povoam medos com tantas nuanças,

Para ampliar os objetivos arremedos,

Com dores piores do que os algedos.

 

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