Certo grau de medos é benéfico,
Para proteger incidente maléfico;
Já os múltiplos medos de medos,
Ampliam os imaginários enredos.
Se a síndrome do pânico apavora,
O excesso informativo mais arvora,
A quem já acuado pela auto-defesa,
Sofre as ameaças feitas com sutileza.
Elas gestam os mundos fantasiosos,
A aumentar sentimentos ansiosos,
Que calam nas básicas esperanças,
Um amparo de mínimas seguranças.
Quando as redes espalham medos,
E mandantes vociferam torpedos,
Ameaçando serviço e estabilidade,
Sobram medos ante a iniquidade.
No horror de ameaças contra vida,
O migracionismo forçado da saída,
Se confronta com rejeição à etnia,
E perde as condições de cidadania.
Mais que medos ante o sucumbir,
E dificuldades que passam a inibir,
Um sentimento de ser descartado,
Vira fato ante insensível abastado.
Já não é um medo de ficar exposto,
Ou ser relegado ao desejado posto,
Mas o de sobreviver com familiares,
Diante de incompreensíveis azares.
Na relutância até coragem se esvai,
E a incerteza nas tentativas se vai,
Sob reino de falcatruas e ambições,
Com a ausência de básicas soluções.
Tantos gestos a calarem esperanças,
Povoam medos com tantas nuanças,
Para ampliar os objetivos arremedos,
Com dores piores do que os algedos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário