sexta-feira, 30 de junho de 2023

ENDEUSAMENTO HODIERNO

 

 

Longe de um Deus transcendente,

Importa somente o deus imanente,

Do indivíduo rico e muito poderoso,

Auto-suficiente e sem ato generoso.

 

Novos mandamentos promulgados,

Enaltecem lucros sobre explorados,

E concorrência para abafar os rivais,

Para obter dividendos excepcionais.

 

Lucro no ápice da virtude suprema,

Potencializa um poder que estrema:

Salva-se apenas indivíduo muito rico,

Ambicioso e altamente egocêntrico.

 

A crença libera e ativa a colonização,

No perfil neoliberal de racionalização,

Onde armas configuram sacramentos,

Para satisfazer os ambiciosos intentos.

 

Acúmulo, com riqueza e vasto poder,

Sem limite de respeito nem de pudor,

Atingem limites catastróficos na Terra,

E desequilibram a vida que ela encerra.

 

No capitalismo tão pregado e adorado,

Firmado no aporte neoliberal devotado,

Ainda resta um sonho de fraternidade,

Ou temos que subsumir na iniquidade?

 

No caminho avesso, ainda resta o sonho,

De que humanos mudem o deus bisonho,

Para focar a vida e o cuidado da natureza,

Tão doída, povoada de miséria e pobreza.

 

O caminho tão exotérico do colonialismo,

Ignora a face oculta do patrimonialismo,

Que sob a pilhagem cruel e devastadora,

Não apresenta nenhuma pista redentora.

 

 

 

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