segunda-feira, 12 de junho de 2023

SONOLÊNCIA MACABRA


 

Quando a mídia injeta doses soporíferas,

E autoridades adoram as ações soníferas,

Passa ilesa a ambição voraz da matança,

Que avança gananciosa para a bastança.

 

A recente atrocidade do marco temporal,

Ante o torpor de uma quietude sepulcral,

Indica que vida de certas etnias humanas,

Nada importa para perspectivas sacanas.

 

Sob o falacioso argumento de governar,

Afirmam-se quadrilhas para consternar,

Raças e ecossistemas essenciais à vida,

Como se fosse a única e plausível saída.

 

Na sonolência embaralhada da distração,

Nada se contempla do clima em ebulição,

Que nos aponta riscos iminentes e fatais,

E se prossegue com as voracidades letais.

 

Tantos escolhidos e cegamente votados,

Apresentados como lídimos e reputados,

Defendem como valores conservadores,

Atos predadores dos naturais pendores.

 

Ainda não veem o aquecimento global,

E o petróleo na degradação é essencial,

Desde que garanta fortuna a magnatas,

E destruição à vida nas preciosas matas.

 

No adorado grande capital reina paixão,

Sem respeito e sem mínima compaixão,

Pela condição de seres que sobrevivem,

Pois importa que interesses os inativem.

 

Desacordada a capacidade de indignação,

E embaralhado o olhar da procrastinação,

Passam “boiadas” de ambiciosos espertos,

E incautos silenciam mesmo boquiabertos.

 

 

 

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