Ao lado das tantas e tão antigas,
A solicitar dedicação com fadigas,
Eis agora a nova de valor excelso,
Com a irradiadora sede no bolso.
Com afamados sumos sacerdotes,
A espargir com diatribes e pinotes,
Surgiu enfim uma augusta religião,
A requerer cultos ao Eu em ação.
Em vez de ética e posturas morais,
Ou solicitude com gestos laborais,
A nova religião pede culto festivo,
Com ardor precípuo, intempestivo:
A nova crença centraliza o dinheiro,
Provento tão simpático e altaneiro,
Que dispensa as liturgias para Deus,
E irradia conversão de muitos “eus”.
Se outras religiões tão
clericalistas,
Asseguram suas rígidas conquistas,
A nova, vê no poder que dá prazer,
Ilimitado sucesso para um benfazer.
No Eu adorável, a primazia de tudo,
Está no vasto acumulado topetudo,
Para que desejosos fiéis projetem,
Atos similares que os arremetem.
A religião do Eu, relega consciência,
Ou sentimento justo com decência,
E a virtude excelsa e é a corrupção,
Para uma ação missionária de ação.
Sem a lei ética e sob moral diluída,
Não importa interação enternecida,
Mas capital para domínio e sucesso,
Que alargue um contínuo progresso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário