terça-feira, 20 de junho de 2023

SACERDÓCIO CAPETA

 


 

Sem nenhum discurso religioso,

Serve em função do prodigioso,

Da felicidade plena que realiza,

Mas, que largamente bestializa.

 

Sacerdócio sem rezas religiosas,

Mas difundido nas lidas airosas,

Quer servir senhores poderosos,

E lhes facilitar eventos honrosos.

 

Suseranos do monopólio amado,

Passam por tirocínio prolongado,

Para agrado dos seus mandantes,

E contra-atacar perante levantes.

 

Pregam de alma pia o deus capital,

E não lhe admitem qualquer rival;

Na defesa da ordem estabelecida,

Perseguem com ação provalecida.

 

Treinados para dura truculência,

Nada lhes ajuda ar de resiliência,

Mas domínio sob força de armas,

Ante ínfimas suspeitas e alarmas.

 

Articularam hierarquia piramidal,

Para elevar o status nada frugal,

Que os coloca acima do povão,

Com um vasto poder de trovão.

 

Com armas leves e sofisticadas,

São vigilantes ante as futricadas,

Que atentem contra monopólio,

E não aceitam ser mero espólio.

 

Atuam no verticalismo de poucos,

E assumem, como meros amoucos,

A proteção do capital centralizado,

Contra o diferente e estigmatizado.

 

Jamais defendem o povo explorado,

Só coagem armados por todo lado,

Para calar toda mínima insatisfação,

 Ou uma vontade de insubordinação.

 

Velha tática indoeuropéia de guerra,

Do prazer quando o outro se ferra,

Permite que sejam sádicos e cínicos,

Mas nunca altruístas e ecumênicos.

 

Aparatos de guerra formam bandos,

Matam outros com ares execrandos,

Para que o acúmulo seja o redentor,

E os exércitos o seu melhor estentor.

 

 

 

 

 

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