sexta-feira, 1 de março de 2019

AVIDEZ E DESPERDÍCIO




Os desejos imoderados,
Largamente propalados,
Geram gana de ambição,
Com a pífia malversação.

Cobiça por mais coisas,
Não enche frias lousas,
Nem eleva a existência,
Na sua frágil carência.

Na voracidade ardente,
Torna-se mais evidente,
Que famélico acúmulo,
Fica aquém do túmulo.

Com tanta sofreguidão,
Uma enorme multidão,
Não atinge o patamar,
Da interação de amar.

A veemência famélica,
Da auto-defesa bélica,
Espolia alegria humana,
E muita dor  promana.

Na sede tão sequiosa,
Da ampliação radiosa,
O humano vira vulgar,
Sem elã de empolgar.

Feito lixo descartável,
Deixa de ser amável,
E rasteja sem projeto,
Sob um negativo afeto.




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