Com tanta fartura de
contrariedade,
Com notícias de clara
arbitrariedade,
É generalizada a condição
celibatária,
Como fonte de depravação
primária.
Todos rotulados no nível da
anomalia,
Não se evadem da insistente
mania,
Que os enquadra pelo nível
de risco,
A rondar o seleto e bondoso
aprisco.
Se revelar encanto por uma
criança,
Já desperta suspeita e
desconfiança,
E se conversar com alguma
senhora,
É obcecado mulherengo de
toda hora.
Ao se entreter mais com os
homens,
Prefigura o vasto rol dos
lobisomens,
Da homo-afetividade
desmunhecada,
Em escancarada caça
mancomunada.
Pior ainda se falar com
adolescente,
Já perde o seu bom nome
referente,
E configura a pederastia
depravada,
A rondar a pureza juvenil
tão ilibada.
Resta então aquela rota da
soledade,
Para avaliar os olhares de
severidade,
Que no distanciamento já
precavido,
Integrem o sentimento
desenchavido.
Da soledade eclode um vasto
pendor,
Para reciprocidade de
humilde fervor,
Sem perder seu peculiar
modo de ser,
E a grandeza da vida a se
enternecer.
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